A live contou com a presença do empresário Vicente Cardoso – Vicente da Fox
A cidade de Macaé é umas das mais importantes no segmento do petróleo no país, mas há um tempo tem amargado crises que atingem diretamente a economia local. Quando o município estava se recuperando da crise de 2014, veio a pandemia do novo coronavírus provocando mais uma crise e com isso uma série de prejuízos, inclusive, um grande números de demissões. Foi com base nesse cenário que a “Roda da Prensa”, da quinta-feira (25), conversou com o empresário Vicente Cardoso, O Vicente da Fox, gestor de uma empresa de engenharia de segurança do petróleo que trabalha diretamente na formação e treinamento de profissionais do setor e serviços.
A empresa precisou se reinventar na pandemia com o desenvolvimento de ferramentas alternativas de cursos online, mas destaca a necessidade de se pensar em novas frentes de geração de empregos para que a cidade não fique refém somente dos royalties do petróleo.
“Para a retomada a gente entende que o município de fato precisa de um plano de discussão e, isso já está sendo feito, para criar uma nova dinâmica de geração de energia, mas novas fontes como a energia solar, por exemplo, não descontruído obviamente petróleo”.
Vicente explicou um pouco o desenvolvimento de Macaé com a chegada da exploração de petróleo. O empresário destacou “que a Petrobras sempre trouxe para o município um planejamento estratégico muito apropriado trazendo investimento, empresas, articulações dessa companhia fizeram com que Macaé tivesse a vocação para o petróleo, que é um bem com capacidade lucrativa muito grande. Com isso muita gente desenvolveu suas atividades principais com cadeia produtiva do petróleo, como fornecedores desse segmento”.
Ainda de acordo com ele, o fortalecimento desse setor também ficou propício para o desenvolvimento do turismo, mas as políticas públicas não foram tão direcionadas e a plataforma mais lucrativa e viável foi o petróleo e gás. Assim como a agricultura que é uma vocação da Serra Macaense e até então não houve continuidade de investimento e muita gente “desceu para trabalhar no petróleo”.
O crescimento populacional de Macaé também é um dos fatores provocados pelo setor petrolífero. Muitas pessoas deixaram suas cidades, estados e até países para viver em Macaé, ainda que uma parte seja flutuante, pessoas que moram durante a semana por causa do trabalho e no final de semana retornam para seu local de origem.
“A cidade basicamente ela trabalha numa linha só. Então ela consegue manter um número muito grande de profissionais, mas em um segmento só do petróleo de modo geral, sejas hotelaria, produção, perfuração. Macaé tem 250 mil habitantes e 150 mil leitores, então a gente tem 100 mil pessoas flutuante no município. Não se sabe se é morador, se pretende ficar na cidade, construir família e investir, enfim”.
Segmento paralelo para geração de emprego
Atualmente Macaé tem três linhas de empregabilidades tradicionais: o petróleo, a Prefeitura e o comércio. A maioria das cidades da região tem um perfil parecido. Vicente acredita que a indústria vai se devolver muito e o semento mais urgente para geração de emprego é a energia solar.
“Macaé tem demanda e existe uma capacidade de absorção grande porque existe lucratividade para as famílias, mas depende uma confirmação de uma política pública para esse segmento. Para isso é preciso de gestores públicos com perfil técnico com capacidade de planejamento para todas de decisões”, explicou.
Pré-candidatura e atuação do legislativo
Vicente da Fox é pré-candidato ao cargo de vereador de Macaé pelo partido Republicano da Ordem Social (Pros). Para ele a atuação do legislativo que atualmente ocupa as cadeias de vereança nesse momento de pandemia tem sido uma movimentação efetiva do grupo. Ele faz uma crítica, que também é um anseio da população de maior participação deles nas ruas para ouvir as demandas e atentar as necessidades, mas também entende que esse momento de isolamento social tem que ser respeitado.
“Tenho visto que somando a tudo percebo uma Câmara Municipal alinhada com determinado perfil e que a sociedade de uma forma geral já imagina um perfil mais progressista, uma câmara mesclada com pessoas de faixa etária e mandatos diferentes. Hoje a gente enxerga que haveria necessidade de renovação buscando uma atender as necessidades de políticas publicas com mais propriedade, com mais argumento até para frear o despovoamento das empresas offshore do município de Macaé”, pontuou.
Ainda de acordo com o empresário, muitos deles por desconhecimento ou falta de interesse não criaram condição de diálogo mais profundo com o município. Sem falar que existe uma rejeição por parte da população grande nas redes sociais. Acredito na renovação, pois tem aparecido bons nomes. Sabemos que existe uma articulação de muita inteligência e, também, malícia até se concretizar como candidato e até vencer as eleições. Acredito uma renovação de 40 por cento numa medida equilibrada”.
Para melhorar a participação da população da Câmara, Vicente acredita que é envolver a população. “O povo quer ser ouvido. É preciso dar voz aos anseios da população, principalmente, com o apoio de líderes comunitários”.
Ele adiantou que a presidência do partido tem intenção de lançar como pré-candidato à Prefeitura o nome do empresário local Júlio Lemos. Mas uma definição de apoio ficará mais para perto da convenção em agosto.