Marcelino da Farmácia (PV) venceu a eleição suplementar para prefeito de Rio das Ostras, neste domingo (24). O candidato teve 24.179 mil votos, 14.574 mil a mais que o segundo colocado, Dr. Fábio Simões, que teve 9.605 mil.
A apuração das 221 seções eleitorais, distribuídas em 34 pontos de votação, terminou por volta das 20h20. Ao todo, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), 55.918 mil eleitores votaram, e a abstenção foi de 20,67%.
No município, a totalização dos votos foi encerrada às 20h15. Brancos e nulos somaram 13,93% dos votos, e 20,67% do eleitorado apto não compareceu às urnas.
A diplomação do novo prefeito deve ocorrer até 16 de julho, em datas a serem ainda definidas pelos juízes eleitorais dos municípios.
Rio das Ostras teve seis candidatos à eleição suplementar. Concorreram ao cargo de prefeito Deucimar Talon (PRP), Marcelino da Farmácia (PV); Gelson Apicelo (PDT); Winnie Freitas (PSOL); Flávio Poggian (PSD) e Dr. Flávio Simões (PP).
Confira abaixo como terminou a votação:
- Marcelino da Farmácia – 24.179 votos (50,24% de votos válidos)
- Fábio Simões – 9.605 votos (19,96% de votos válidos)
- Deucimar Talon – 9.512 votos (19,16 % de votos válidos)
- Flávio Poggian – 2.534 votos (5,26% de votos válidos)
- Winnie Freitas – 1.516 votos (3,15% de votos válidos)
- Gelson Apicelo – 784 votos (1,63% de votos válidos)
Quem não pôde votar neste domingo tem até 60 dias, a contar da data da eleição, para justificar a ausência. A justificativa pode ser feita pela internet, no site do TRE-RJ, ou diretamente no cartório eleitoral.
Entenda o porquê da eleição suplementar
A eleição suplementar foi convocada pelo TRE-RJ depois que o então prefeito, Carlos Augusto Balthazar (MDB), teve o registro de candidatura cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2008. A cassação foi em abril.
Segundo o ministro Dias Toffoli, relator do processo de abuso de poder econômico e político, o motivo da condenação é um culto realizado em 18 de agosto de 2008 em uma igreja evangélica sob o pretexto de comemorar o aniversário de sua esposa.
De acordo com a decisão, não houve pedido direto de votos, mas foi oferecido bolo, refrigerante e salgadinhos a cerca de 1.300 pessoas. O evento também teve a presença de diversos grupos de música. Para o Ministério Público Eleitoral (MPE) e outros órgão que analisaram o processo até a decisão final, Carlos Augusto estava inelegível no momento do pedido de registro de candidatura às Eleições de 2016, condição que durou de 5 de outubro de 2008 a 5 de outubro de 2016.
Carlos Augusto chegou a se candidatar a prefeito no pleito de 2018, mas desistiu da candidatura depois de ter o registro de candidatura indeferido pelo TRE-RJ no dia 7 de junho. No indeferimento, a Justiça aceitou o argumento de que Carlos Augusto foi o causador do novo pleito, já que teve a candidatura cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
Marcelino da Farmácia, o novo prefeito eleito, completará o mandato de seu antecessor, com exercício até 31 de dezembro de 2020. Atualmente, a cidade é administrada por Carlos Alberto Afonso Fernandes (PSB), presidente da Câmara notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral no dia 3 de maio, empossado por conta da saída e cassação de Carlos Augusto.
Ocorrências
Em Rio das Ostras, seis pessoas foram detidas no último balanço divulgado pelo TRE-RJ, sendo cinco por boca de urna e uma por desacato. No dia da votação é vedada qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos, conforme a Lei nº 9.504/1997.
Além disso, houve substituições de urnas em 19 seções eleitorais, por problemas técnicos.
Entrevista com Marcelino da Farmácia
Em maio deste ano, o novo prefeito de Rio das Ostras, e na época pré-candidato, deu uma entrevista ao Prensa de Babel.
Confira a entrevista:
Segundo o parlamentar a prefeitura tem que ser gerida nos moldes de uma empresa.
“Rio das Ostras não pode gastar mais do que arrecada, uma empresa não funcionaria dessa forma, não podemos administrar uma casa assim também. Com as devidas proporções o município deve seguir os mesmos parâmetros. Se arrecadamos 5 milhões devemos gastar apenas 4 milhões. Para a conta fechar no fim do mês”, explicou Marcelino.
Marcelino também conta que um dos itens que planeja reformular se for eleito é modo de contratação da prefeitura, porque acredita que isso vá trazer benefícios à população. “A Prefeitura não pode ser cabide de emprego. Temos que ter entre os contratados pessoas técnicas e que possam desempenhar o serviço para que foram contratadas corretamente. Dessa forma a população é beneficiada e reduzimos o número de contratos desnecessários”, conclui.