Decisão judicial interrompe eventos e levanta questionamentos sobre transparência e legalidade administrativa, enquanto prefeito interino enfrenta obstáculos políticos e investigações
A decisão do juiz Danilo Marques Borges, da 2ª Vara de Armação de Búzios, de suspensão dos contratos para os aguardados eventos Búzios Jazz Festival, Degusta Búzios, 10º Biker Festival Búzios e MPBúzios, totalizando mais de um milhão de reais reverbera no meio de um cenário político acirrado e de ânimos exaltados por conta da proximidade da eleição suplementar marcada para o do 28. Ausência de licitação e pagamento antecipado são apenas parte do imbróglio que envolve as empresas contratadas, cujos administradores, compartilham o mesmo endereço em diferentes cidades.
Essa medida não apenas interrompe os preparativos para eventos que são aguardados por moradores e turistas, mas também coloca em xeque a transparência e a legalidade das ações da administração municipal. O bloqueio dos valores já desembolsados impacta não apenas as finanças municipais, mas, inevitavelmente, também a credibilidade da gestão local.
Enquanto isso, o prefeito interino, Rafael Aguiar, enfrenta uma série de revezes políticos. Além da negativa de registro para as eleições suplementares, da qual recorreu, o prefeito tem sido alvo de questionamentos em relação a outras ações de sua gestão. O episódio dos contratos suspeitos se soma a um cenário já conturbado, onde a contratação emergencial de ônibus escolares e a apreensão de medicamentos sem comprovação de origem também foram alvo de investigações e críticas.