O Sindicato sempre foi contra às voltas as aulas enquanto os profissionais da educação e alunos não forem vacinados.
Após muita pressão do Sinpro Macaé, a Câmara Municipal arquivou o Projeto de Lei 022/2021 que regulamentava a educação como atividade essencial durante a pandemia da Covid-19. O Sindicato sempre foi contra às voltas as aulas enquanto os profissionais da educação e alunos não forem vacinados.
Mesmo sem apresentar um cronograma que coloca a comunidade escolar entre os grupos prioritários no calendário vacinal, os vereadores estavam dispostos a flexibilizar o retorno as aulas no pior período de infecção do coronavírus.
No dia 16 de março, representantes do Sindicato dos Professores de Macaé e Região, que contempla oito municípios, fizeram um ato simbólico para pressionar os vereadores a não aprovarem o PL. Naquele momento, a proposta, que tramitava em regime de urgência, foi suprimida diante do clamor do Sinpro que articulou o movimento com outras entidades representativas.
O Sindicato tem buscado diálogo com o poder executivo desde o início para, junto, construírem um protocolo de enfrentamento à doença específico aos profissionais de educação. Caso fosse aprovado, o PL colocaria em risco não somente os trabalhadores, mas toda uma cadeia que inclui familiares, muitas vezes do grupo de risco como idosos e portadores de doenças crônicas.
Se fosse reconhecida como “essencial”, o retorno as aulas presenciais faria com que discentes e docentes voltassem a circular pela cidade, aumentando aglomerações nos espaços públicos como pontos de ônibus e transportes públicos, o que a comunidade científica, insistentemente pede para que não aconteça.
“Diante da pandemia é normal que possa vir um desânimo diante da luta, mas situações como esta, que vereadores arquivam um projeto de lei que coloca em risco a vida de milhares de professoras, professores e seus familiares, é que vemos a importância do empenho incansável de um Sindicato. O Sinpro Macaé se manteve de pé em todo o tempo não apenas fortalecendo as questões trabalhistas, mas a saúde e preservação da vida dos profissionais”, relatou Guilhermina Rocha, presidente da instituição.