Encontro reuniu representantes de órgãos municipais e estaduais, e primeiras medidas serão criação de um número de WhatsApp para denúncias e aumento do efetivo nas ruas da Guarda Civil e da Polícia Militar
Uma reunião, realizada na Prefeitura de Búzios, na terça-feira (29), discutiu a segurança pública do município. Além do prefeito Alexandre Martins, representantes de órgãos municipais, da Secretaria de Segurança e Ordem Pública, e estaduais, por meio das polícias Civil e Militar e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), conversaram sobre algumas medidas que possam contribuir para a promoção da segurança pública da população do balneário, como a criação de um número de WhatsApp para denúncias e aumento do efetivo nas ruas da Guarda Civil e da Polícia Militar.
Na ocasião o prefeito, Alexandre Martins, se comprometeu em remanejar guardas patrimoniais para ajudar nas ruas e contratar vigias para cuidar do patrimônio. A corporação tem um total de 259 agentes das guardas Civil e Marítima e Ambiental e 12 policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis). A reportagem questionou a Prefeitura sobre a quantidade de agentes patrimoniais que serão remanejados para as ruas e se há legalidade nesse procedimento tendo em vista que se trata de um um outro setor, e aguarda o retorno.
Outra medida sugerida pelo chefe do executivo foi a criação de um canal direto entre as autoridades presentes, a fim de alinhar estratégias e soluções para promoção da segurança pública no município.
Além disso, também ficou acertado que a Polícia Militar irá implantar um número de WhatsApp para ajudar o 190 e aumentar o quantitativo policial na cidade. Segundo a assessoria da PM, a previsão é que na próxima segunda-feira (4) já esteja sendo divulgado a toda a população o número de WhatsApp. O comandante do 25° BPM, está realizando os devidos remanejamentos para aumentar o efetivo da Companhia, assim como solicitando apoio ao 4° Comando de Policiamento de Área (CPA). Atualmente, a Cia de Búzios conta com 54 policiais militares.
Participaram da reunião o delegado da 127º Delegacia de Polícia (DP), Rodrigo Bichara Moreira; a promotora, Drª Renata Mello Chagas; o comandante da 25º Batalhão da Polícia Militar (BPM), coronel Gustavo Medeiros Bastos, e o tenente Madureira 5ª Companhia (CIA); o secretário interino da Secretaria de Segurança e Ordem Pública, Sérgio Henrique; o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Otávio Azevedo, a secretária da Mulher e do Idoso, Daniele Guimarães; a coordenadora do Centro Especializado em Atendimento à Mulher (Ceam), Karen; a assistente jurídica, Pâmela; e o coordenador do Centro Integrado de Operações e Segurança Pública (Ciosp), Nunes.
População cobra segurança das autoridades
A reunião aconteceu três dias após um ato que cobrava das autoridades segurança. O ato pela vida das mulheres buzianas vítimas de agressão e violência doméstica que aconteceu na Praça Santos Dumont, no sábado(26), e contou com a participação de 250 pessoas.
Os manifestantes cobravam a investigação de dois crimes recentes que assustaram os moradores da cidade. Um dos casos foi a morte de Pâmela Carvalho, de 26 anos. O corpo da jovem foi encontrado, no sábado, dia 20 de março, na Lagoa da Ferradura, no Centro; e de um outro crime que aconteceu no mesmo dia, a morte de Leonor América Castro, de 70 anos, que foi encontrada sem vida em um hostel, no Centro. Os casos estão sendo investigados pela delegacia de Búzios. Segundo a Polícia Civil, testemunhas estão sendo ouvidas e os agentes realizam diligências para esclarecer ambos os casos.
O protesto foi organização pela Frente Feminista de Búzios, o Movimento de Mulheres Olga Benário e Movimento de Mulheres da Região dos Lagos.