Empresa atribuiu o não cumprimento dos prazos aos bloqueios das contas bancárias e também de algumas exchange
Desde a tarde de quarta-feira (15) há rumores de fechamento de todos os escritórios da G.A.S. Consultoria Bitcoin pelos agentes da Polícia Federal (PF). Mas na manhã desta quinta-feira (16) a PF negou a informação. A empresa, que é investigada por suspeita de praticar o sistema de pirâmide financeira na Região dos Lagos, anunciou atraso dos pagamentos no mesmo dia em que começou a circular a informação do fechamento, e atribui o não cumprimento dos prazos aos bloqueios das contas bancárias e também de algumas exchange.
A G.A.S. Consultoria Bitcoin tem sede em Cabo Frio e escritórios em Búzios, Niterói, capital do Rio de Janeiro. Ela pertence ao empresário Glaidson Acácio dos Santos preso no dia 25 de agosto durante uma operação da PF, Ministério Público (MP) e Receita Federal. O ex-garçom e ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus é suspeito de chefiar a quadrilha. Mesmo com Glaidson preso a empresa informou que as operações estavam acontecendo normalmente. Os clientes foram às ruas protestar a favor do suspeito e garantiram que nunca houve atraso nos pagamentos.
Mas parece que o cerco começou a se fechar e o primeiro anúncio de atraso foi comunicado aos clientes em um grupo de WhatsApp. Em um trecho do texto diz que “não partiu da empresa a falta do pagamento, visto que, durante 20 dias, desde o dia 25 de agosto em que infelizmente tivemos a prisão do nosso presidente, até a data de ontem dia 14, a empresa continuou honrando os compromissos contratuais de forma antecipada. O corpo jurídico está trabalhando incansavelmente para restabelecer os pagamentos, contudo, não havendo sucesso, haverá de forma judicial a devolução do capital”.
Outro trecho a empresa pede a colaboração e calma dos clientes: “Contamos com a colaboração de todos para acalmar os clientes, pois em momento algum foram lesados pela empresa, e não serão! Vamos nos manter firmes, pois sabemos da idoneidade da nossa empresa. Juntos somos mais fortes!”.
Nesta quinta, a empresa emitiu uma nota oficial sobre o bloqueio de R4 38 bilhões. Veja na íntegra:
A promessa da empresa é de lucro de 10% nos investimentos em criptomoedas, aas na realidade o que foi apurado foi que a maior parte dos investimentos era direcionada para contas pessoais. De acordo com a PF, nos últimos seis anos, houve uma movimentação de R $38 bilhões, com aproximadamente 50% desta movimentação nos últimos 12 meses. Pelo menos dez empresas estão sendo investigadas na região.
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