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No auge dos 210 anos, Macaé volta a brilhar como “Capital da Energia”

Município se destaca no mercado de óleo e gás e lidera movimento de transição energética no Estado do Rio
Macaé dá a volta por cima e se mantém como capital do interior fluminense
Macaé dá a volta por cima e se mantém como capital do interior fluminense

A cidade de Macaé acaba de completar 210 anos cheia de vigor, experimentando um período de recuperação econômica após passar por dificuldades econômicas agravadas, pela pandemia de covid-19. Os dados referentes aos últimos meses não apenas confirmam essa melhora no cenário, como referendam a relevância histórica do município na área energética, em especial, na área de petróleo e gás.

Segundo os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), apenas no primeiro semestre deste ano, Macaé recebeu mais de R$ 623 milhões em royalties do petróleo, incluindo os repasses mensais e as participações especiais pagas trimestralmente. Segundo o Mestre em Engenharia de Petróleo e produtor do programa “Economia em Quadros”, do YouTube, o economista Fábio Neves, neste ano, o município vai arrecadar cerca de R$ 1,3 bilhão em royalties, o equivalente a 11% do que todo o estado do Rio terá direito.

“Se a gente pensar com relação à produção do Rio de Janeiro, e a produção que é realizada em Macaé, a gente tem um número muito interessante, de aproximadamente 19% de todo petróleo que é produzido por dia no Brasil. Entenda como barril de óleo equivalente, que é o gás mais o óleo produzido por dia. Sob a ótica energética, a Bacia de Campos corresponde a 19% de toda a produção”, explica Neves.

O mercado de trabalho também se encontra aquecido, como apontam os números de junho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). No primeiro semestre de 2023, o município gerou 4.860 empregos com carteira assinada, ficando somente atrás da capital (25.960) e de Magé, na Baixada Fluminense (7.575). No acumulado dos últimos 12 meses, Macaé sobe para a segunda colocação, com 9.407 empregos formais criados.

Em termos de segmentos que mais absorveram mão de obra, a indústria – onde se encontra o mercado de óleo e gás – concentrou metade dessa geração de trabalho. Nos seis primeiros meses do ano, Macaé gerou 2.465 empregos formais, de acordo com o novo Caged.

“Macaé representa uma potência significativa na produção de óleo e gás do Brasil, tanto com projetos do pós-sal, que são os projetos mais antigos, que são Roncador Anchova e tantos outros, quanto os projetos do pré-sal que são os mais recentes, que o Brasil conseguiu alcançar nos últimos anos de produção”, complementa Neves.

Protagonista no processo de transição energética

Prefeito de Macaé, Welberth Rezende. Foto: Rui Porto Filho

Ao se destacar no campo de petróleo e gás, Macaé também assume o papel de dar as cartas no movimento de transição energética. No fim de junho, o prefeito Welberth Rezende participou do 22º Fórum Empresarial LIDE, destacando a infraestrutura já consolidada por Macaé ao concentrar investimentos na implantação do principal arranjo de produção, recebimento, processamento e distribuição do gás natural produzido nas Bacias de Campos e de Santos.

Ao apresentar e defender a capacidade da cidade em receber cerca de US$ 27 bilhões de investimentos já anunciados por grandes operadoras de óleo e gás, no desenvolvimento de projetos de produção, Welberth reafirmou também que o diálogo mantido junto a empresários e grupo de empreendedores nacionais e internacionais fortalece o ambiente de negócios de Macaé, reconhecido hoje como o principal para o mercado de energia no Brasil.

“Estamos construindo um novo futuro para a cidade que já lidera a geração de empregos na região e participa de debates importantes sobre as novas etapas do mercado de energia no país”, afirmou.

Segundo o Governo Municipal, os projetos em andamento concentram no município o principal arranjo de produção, processamento e distribuição do gás natural no país, como o gasoduto do megacampo BM-C-33 já em fase de desenvolvimento pela Petrobras e Equinor, além de duas novas rotas a 5B e 4C, que irão interligar reservas das Bacias de Campos e de Santos a nova unidade de processamento de gás que integra o Tepor, novo porto de Macaé.

“Somos a cidade que representa hoje a consolidação do processo de transição energética nacional. Oferecemos toda a infraestrutura necessária ao desenvolvimento de novos projetos de produção em reservas do pós e do pré-sal, viabilizamos a instalação do hub que recebe, processa e distribui o gás, e garantimos a instalação de termelétricas que irão produzir energia. Sem dúvidas, Macaé amplia a sua participação no mercado global de energia ao viver uma nova etapa de industrialização, investimentos e geração de empregos”, destacou o prefeito.

O economista Fábio Neves destacou o papel de Macaé como líder na discussão sobre a matriz energética adotada, mas acredita que a utilização de combustíveis fósseis ainda vai predominar por muito tempo.

“Evidente que a transição energética é extremamente importante. Você pensar na matriz energética, e na diversificação dessa matriz energética, e principalmente com a [energia] eólica, porque consegue gerar de forma mais limpa essa energia. Mas colocando óleo e gás nesse processo, [a Bacia de} Campos ainda apresenta uma produção muito significativa e esse número ainda vai perdurar muitos anos por conta toda essa estrutura que foi construída nos últimos 40 anos na Bacia de Campos, com destaque para a cidade de Macaé”, finaliza o especialista.

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