É respirando arte que ela utiliza da ferramenta como transformação social
Nesta segunda matéria da série do prêmio “Mulheres que Inspiram” a homenageada é Marina Makhohl. Reconhecida pelos trabalhos sociais, por levar a arte e o teatro para as pessoas, ela acredita que a cultura é um meio de transformação social. Marina chegou a Búzios em 2004, onde se encantou com o projeto CircoLo Social e até hoje luta pela resistência do projeto, principalmente após a pandemia. Nasceu em São Paulo, morou em Campos, mas foi Búzios que escolheu para viver e transformar.
Até os 14 anos, Marina morava na grande São Paulo, mas nessa idade se mudou com a mãe para Campos, no Rio de Janeiro. Ao entrar na faculdade, ela escolheu licenciatura em Artes Cênicas, na UniRio, na capital do Estado. Em 2004, quando estava no no último ano, realizou a montagem de uma peça universitária, chamada “Roda Vida”, em que conheceu Pap Antônio, atualmente coordenador-geral do projeto CircoLo Social. Neste período, Pap convidou Marina e mais uns colegas de elenco para assistir o espetáculo de finalização do ano do projeto.
“Ficamos encantados! A partir daí, passei a frequentar o projeto sempre que estava em Búzios”, explica Marina. Desde esse momento, Marina se envolveu cada vez mais com o projeto. Ela foi convidada para ajudar na montagem do espetáculo de finalização do terceiro ano do projeto de Circo, e foi quando decidiu vir de vez para Búzios.
O amor pelo teatro fez ela se envolver com diversos projetos sociais, em 2010, após pedidos de alunos do circo, ela começou a dar aulas de teatro com o projeto “Cena Musical”. Em 2013, o projeto se estruturou através de um edital realizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, quando o espetáculo “Tô de Mudança” aconteceu.
Desde então, ela não parou. Uniu a paixão do teatro com o poder de transformação que causa nas pessoas e ministrou diversas aulas em Búzios. Já deu aula no CRAS e no Centro de Convivência do Idoso, por meio de uma parceria intergeracional, juntando a turma jovem do Cena Musical com os idosos do CC. Ao todo foram três anos de projeto.
Atualmente, Marina segue na resistência junto com a equipe do CircoLo Social como coordenadora pedagógica para reestruturar e continuar com o projeto pós pandemia. “Como educadora e, principalmente, como educadora das artes, do teatro, acredito na importância de cada pessoa agir sempre de acordo com a própria verdade”, comenta Marina.
A professora encara os desafios da vida todos os dias, principalmente, para manter aceso o poder de transformação social que a arte, o teatro e a cultura têm. Atualmente, junto de Pap e Bárbara Arouca, trabalham na estruturação da EcoBúzios, uma instituição sem fins lucrativos, que visa apoiar projetos sociais que contribuam para o desenvolvimento da comunidade local.
“De minha parte, todo dia que saio de casa faço minha mentalização, minha firmeza, afirmação, oração – cada um chama de um jeito, né? – para que cada pensamento, cada sentimento, cada palavra e cada gesto meus estejam sempre imbuídos de bondade amorosa. Às vezes é desafiador, mas quase sempre funciona!”, diz Marina.
Apesar dos momentos desafiadores, ela não desiste. É uma mulher que inspira há anos à cidade pelos grandes projetos que participa buscando a melhoria na vivência da comunidade buziana.
Veja a primeira matéria da série “Mulheres que Inspiram“.
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Monique Gonçalves.