O julgamento de Carlos José de França, acusado do assassinato da argentina Florencia Aranguren, está marcado para o dia 8 de abril, às 10h, no Fórum de Búzios. A decisão foi tomada pela 2ª Vara Criminal da cidade após a Justiça negar, por unanimidade, o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa.
Relembre o caso
Florencia Aranguren, de 31 anos, foi encontrada morta na manhã de 6 de dezembro de 2023, na trilha que leva à Praia de José Gonçalves, em Búzios. A vítima sofreu 18 golpes de faca e apresentava sinais de violência. Guardas municipais localizaram o corpo, enquanto seu cachorro permaneceu ao lado até a chegada das autoridades.
Carlos José de França foi preso em flagrante no mesmo dia, próximo ao local do crime. O suspeito apresentava arranhões e vestígios de sangue em suas roupas. Exames periciais confirmaram a presença do DNA da vítima sob suas unhas. Durante a abordagem, o cachorro da vítima tentou atacá-lo, reforçando as suspeitas contra ele.
Desdobramentos do processo
A defesa do réu solicitou a anulação da decisão que o levou a julgamento, alegando irregularidades na cadeia de custódia das provas. Também foram feitos pedidos de absolvição sumária e soltura, ambos negados pela Justiça.
Com a negação do habeas corpus, Carlos José de França segue preso e será julgado por homicídio qualificado em júri popular. O Ministério Público apresentou denúncia baseada em laudos periciais e provas testemunhais, sustentando que o crime teve premeditação e crueldade.
Carlos José de França possui antecedentes criminais, tendo cumprido pena por estupro e roubo de uma adolescente em Pernambuco. Caso seja condenado, ele pode receber uma pena de até 30 anos de prisão.
Impacto na comunidade
O assassinato de Florencia Aranguren gerou forte comoção em Búzios e resultou em protestos por mais segurança no município. No dia 8 de dezembro, moradores realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura, exigindo medidas contra a violência contra mulheres.
A família da vítima contratou a advogada criminalista Carla Policarpo para atuar como assistente de acusação no caso. A expectativa é que o réu receba a pena máxima prevista na legislação brasileira.
Com o julgamento marcado para abril, o caso segue em evidência e deve mobilizar a atenção pública para o desfecho no Tribunal do Júri.