Com cerca de 11 anos atuando como Juíza, sendo que desde julho de 2017 na titularidade da Vara Única da Justiça Federal de Macaé, a Drª Mônica Lucia do Nascimento, teve suas ações sociais reconhecidas pelos vereadores da Câmara Municipal de Macaé.
O reconhecimento veio através do título de “Mérito Municipal” entregue nesta quarta-feira (15/12) no gabinete da magistrada, na presença do Presidente da Câmara, Eduardo Cardoso (PPS); do vereador Nilton César Moreira, o Cesinha, (PROS); um representante da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) – Subseção de Macaé, Márcio Jerônimo, alguns funcionários da Vara e a imprensa local.
As ações que concederam a juíza a homenagem foram inspiradas em projetos que a OAB desenvolve em suas subseções e que a magistrada se inspirou para criar sua própria versão da ação social que está apresentando resultados positivos nas cidades de Rio das Ostras e Macaé.
“Muito antes de ser juíza eu advogava, participei desses projetos dentro da OAB e quis dar continuidade. Faço esse projeto em todas as Varas que trabalhei. Em Macaé, ele acontece desde a minha posse”, explicou a juíza Mônica Lucia.
O projeto consiste em organizar visitas das crianças de escolas públicas da região até o prédio da Justiça Federal de Macaé. No local são feitas palestras educativas que ensinam o papel do Judiciário, de cada função e esclarecendo dúvidas. Esse ano juíza já recebeu duas turmas de correção de fluxo da Escola Municipal Maria Teixeira de Paula, em Rio das Ostras. Em outubro, uma escola de Macaé será escolhida para o projeto.
“Nasci em uma família muito pobre. Meu pai era Policial Militar e minha mãe era faxineira. Cresci em um bairro muito humilde e estudei sempre em escolas públicas. Quero mostrar que é possível vencer o projeto de vida de onde se nasceu, vencer o limiar da pobreza. Mas é preciso ajuda e estímulo”, conclui a magistrada.
Cesinha foi o vereador de Macaé que concedeu a honraria a juíza. Segundo o parlamentar, ele já acompanha o trabalho da magistrada a algum tempo e é uma honra reconhecer um trabalho desse tipo. “Nossas crianças precisam de esperança em dias melhores. E essas ações proporcionam isso”, comenta.
O advogado representante da OAB Subseção de Macaé e da Comissão de Prerrogativas dos Advogados, Márcio Jerônimo analisa a importância de um juiz ligado às causas sociais.
“É muito importante ver uma juíza preocupada com o coletivo, com o social. Acho que um juiz hoje não pode ficar preso apenas a letra fria da lei. Ele tem que entender as mazelas do ser humano, onde ele mora, como ele vive. Até para poder julgar é necessário conhecer completamente o cenário daquela pessoa. Atualmente não se pode julgar ou advogar como no passado, entre quatro paredes, temos que sair e ter contato com as pessoas”, conclui o advogado.