Cláudio Castro (PL) encaminhou ao comitê científico do Estado uma indicação para que a festa não seja realizada e aguarda deliberação dos especialistas
A dúvida que paira desde o final do ano passado é se o Carnaval deve acontecer ou não. Apesar do avanço da vacinação, algumas condições como a nova variante Ômicron tornam possível o cancelamento da festa mais um ano. O governador do Rio de Janeiro emitiu uma nota na sexta-feira (7) recomendando o cancelamento do Carnaval por todo Estado. No dia anterior o prefeito do Rio, Eduardo Paes, já havia declarado que no município não haveria os desfiles dos blocos. Além disso, municípios como Niterói e Maricá também cancelaram.
Em nota, o governador afirma que não é recomendável a realização do carnaval de rua no Rio, “em razão do aumento do número de casos de covid-19. A comemoração promoveria aglomerações sem haver a possibilidade de seguir os protocolos sanitários determinados pela secretaria de Estado de Saúde”. Ainda em nota, Cláudio Castro encaminhou ao comitê científico uma indicação para que não seja realizado o carnaval de rua e aguarda a deliberação dos especialistas. O governador determinou que o secretário estadual de Saúde, Aexandre Chippe, dialogue com o conselho de secretários de saúde dos municípios para que o evento seja suspenso neste ano.
Ainda assim, o Rio mantém o desfile das escolas de samba na Sapucaí, o argumento utilizado pela Prefeitura é que o local é fechado e será possível permitir a entrada apenas de quem comprovar ter tomado a vacina e apresentar o exame negativo de covid feito nas horas anteriores. Porém, apenas um integrante do comitê científico do Estado defende que nenhum evento deve ser realizado neste carnaval, nem mesmo as festas fechadas. A opinião é do médico infectologista e epidemiologista Roberto Medronho.