Corpo de Evangelina Mariel Trotta já foi liberado para translado, mas continua na funerária aguardando decisão do Tribunal de Justiça sobre a situação dos adolescentes
A família da argentina Evangelina Mariel Trotta, de 48 anos, que foi assassinada em Búzios no mês passado, entrou com um pedido de autorização de viagem e guarda provisória junto à 1ª Vara de Armação dos Búzios, para que os três filhos da empresária possam ir à Argentina para o sepultamento da mãe. A juíza do caso negou os pedidos formulados pelos advogados da família, que recorreram ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). O processo encontra-se pendente de julgamento, nas mãos do Desembargador, Juarez Fernandes Folhes, da 13ª Câmara Civil do TJRJ. O pai das crianças é considerado foragido da justiça, apontado como principal suspeito da morte da ex-mulher.
Enquanto isso, o corpo de Evangelina segue na funerária aguardando a liberação para o traslado, o que preocupa a família, pois existe um prazo que já está vencendo. A demora aumenta o luto da família que não quer sepultá-la sem a presença dos filhos. Roberto Trotta, irmão da vítima, não quer voltar para Argentina sem garantir que os sobrinhos deem o último adeus à mãe e que recebam o acolhimento dos parentes neste momento tão difícil.
Procurados, os advogados do caso do Gaglianone, Fonteneles & Cabral Advogados Associados foram taxativos em afirmar que “o processo se encontra sobre segredo de justiça, que se utilizaram de todos os predicados legais possíveis para recorrer da decisão de primeiro grau, e que acreditam na concessão da medida pelo TJRJ, onde há de se fazer justiça”.
Entenda o caso
Evangelina foi encontrada morta no dia 22 de abril dentro da residência do ex-marido no bairro de João Fernandes. A empresária do ramo de aluguel de bugues foi encontrada por dois dos seus funcionários. O carro dela sumiu na noite do crime e o ex-marido não foi mais encontrado. Ela deixou três filhos com idades de 13, 15 e 18 anos. O caso gerou comoção no país e também no exterior. Em apenas um mês, Evangelina foi a segunda argentina morta na cidade de Búzios.
O caso segue em segredo de justiça e está sendo investigado pela Polícia Civil de Búzios e tem o apoio do Consulado da Argentina.