Nota fazia referência ao conflito entre o núcleo Lagos e o secretário municipal no episódio em que o sindicato se refere a ele como “Capitão do Mato”
A Prensa cometeu um erro de apuração em matéria publicada no dia 8 de abril deste ano, ao afirmar que o Sepe Central publicou nota se posicionando contrário a afirmação do núcleo Lagos sobre a utilização do termo “capitão do mato” para se referir ao secretário de educação de Cabo Frio, Flavio Guimarães. A matéria pretendia repercutir o fato que gerou amplo debate sobre o racismo estrutural em Cabo Frio e região, mas errou ao não distinguir que a nota em questão havia sido publicada pelo SEPE pela Base, uma das correntes dentro do SEPE (o que o jornal assume que desconhecia), sem que houvesse um posicionamento oficial do Sepe Central.
No início da noite desta sexta-feira (16), o SEPE Central publicou nota onde informa que “não é verdadeira a nota intitulada ‘Nota da Secretaria de Combate A Discriminação Racial Do Sepe Central” e cita o jornal respeitosamente afirmando que a publicamos erroneamente. Em seguida o Sepe Central reafirma que a nota em questão “não foi publicada oficialmente pela direção do sindicato e, portanto, não traduz o posicionamento do SEPE-RJ sobre o conflito entre o núcleo Lagos e o secretário municipal”.
Não é a primeira vez que a Prensa erra, e fatalmente acontecerá outras vezes. Mas assim que entramos em contato com a informação do SEPE-RJ, demos início ao processo de criação da nota de retratação que, como versa nossa pratica editorial, solicita a revisão da matéria citada pelo jornalista que a redigiu e, identificado o equívoco, posterior publicação na coluna erramos.
Logo em seguida, tivemos acesso a publicação do Núcleo Lagos em que trata a matéria em questão como Fake News, sem que a Prensa, que teve acesso ao conteúdo minutos antes, pudesse se retratar, o que poderíamos seguir discutindo no campo institucional e editorial por se tratar de uma oportunidade para aprofundamento do tema, visto quer o jornal não tem problemas com a discussão do tema utilizando-se dos seus próprios erros.
A publicação do SEPE Lagos, em seu último parágrafo, perde-se em seu caráter institucional ao considerar relevante a informação de que uma das sócias fundadoras da Prensa, com citação nominal, é assessora de imprensa na Secretaria de Educação de Cabo Frio – tendo ela se afastado da editoria e como repórter do jornal assim que assumiu esse posto de trabalho (prática na Prensa desde sua fundação) não sendo responsável nem pela matéria e nem pela decisão de publicação da mesma. A Prensa desconhece as motivações, mas é certo de que abre diversas interpretações que podem causar prejuízos pessoais.
Outra afirmação, na mesma nota é de que a Prensa estaria praticando perseguição ao Sepe Lagos, o que não corresponde à verdade. Em todas as matérias sobre tema, foi mantido o objetivo informativo dos fatos, tendo, inclusive, um longo histórico de publicações sobre as demandas e ações do Sepe em diversos momentos ao longo dos mais de quatro de existência do jornal.
Reafirmamos o erro material e registramos aqui a retração com a mesma publicidade dada à matéria equivocada sobre a autoria da nota que gerou a manifestação do SEPE-RJ e núcleo Lagos, no entanto, reafirmamos nosso posicionamento editorial sobre o cunho racista da expressão “Capitão do Mato”, mas sem citações pessoais e ainda sem juízo se era essa a intenção do sindicato, se atendo apenas ao racismo estrutural contido na expressão.