Trabalhadores informais pedem o pagamento de um auxílio emergencial municipal baseado em lei de 2018
Na manhã desta terça-feira (23), cerca de 80 vendedores ambulantes das praias ocuparam a Praça Dona Dita, na Ferradura, para protestar contra a revogação das licenças de trabalho, pela prefeitura de Búzios.
Com cartazes, o grupo questionava a suspensão das autorizações para atuarem nas praias e pediam atenção da prefeitura para a grave situação econômica que a categoria atravessa neste período de isolamento social. Os trabalhadores pediam o pagamento de um auxílio emergencial do município, amparado pela Lei Municipal 1420 de 2018 (Dispõe sobre o Sistema Único de Assistência Social do Município de Búzios e dá outras providências), que prevê situações de calamidade pública. De acordo com o representante do grupo, Samuel Oliveira, mês passado os ambulantes estiveram na Câmara em reunião com os vereadores, solicitando ajuda para conseguirem receber o auxílio da prefeitura, mas até agora nada foi feito.
– Estamos há cerca de cem dias sem poder trabalhar. Não podemos mais ficar em casa. Não temos comida nem dinheiro. Nunca pedimos nada à prefeitura, mas sem trabalhar precisamos receber um auxílio emergencial. Já tem lei pra isso, basta aplicar – diz Samuel.
O grupo pretendia sair em passeata até a sede do Executivo, mas foi avisado pela polícia militar que este tipo de manifestação está proibida no momento devido ao risco de contaminação pelo coronavírus. Os ambulantes foram orientados a formarem uma comissão de três pessoas para se reunir com o prefeito André Granado.