O vereador Marcel Silvano gravou um vídeo na noite anterior ao debate já posicionando-se contrário à construção
A instalação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) no Rio Macaé, na região serrana, seria debatida na sessão da Câmara de quarta-feira (9). A discussão do Projeto de Lei que tem como objetivo impedir construção do empreendimento, no entanto, nem chegou a ser debatido. O projeto foi retirado de pauta e deve retornar na próxima semana.
Um dos prováveis motivos para o adiamento do debate foi a divulgação de um vídeo do vereador Marcel Silvano, em que ele se posiciona contrário ao projeto da termelétrica. O parlamentar é contra a construção e na publicação comenta sobre os vários problemas que poderiam acontecer na região do Rio Macaé caso o empreendimento seja aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito.
Silvano colocou holofotes sobre a questão, gerando um número expressivo de compartilhamentos e curtidas. A PCH, segundo ele, influenciaria diretamente a especulação e exploração do Rio Macaé, indo contra as tentativas de preservação do local.
Em oposição a PCH, o vereador se junta a Cristiano Gelinho (Cidadania) que encabeça a oposição à instalação.
Outra questão importante para a discussão foi a Audiência Pública organizada pelo mandato de Marcel Silvano em 2016, com o apoio do então vereador Igor Sardinha. Nessa audiência o Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras alertou sobre os efeitos catastróficos no desenvolvimento e meio ambiente da região, principalmente para o turismo, caso esse empreendimento se concretizasse.
A audiência à época contou com a presença de ambientalistas, professores e estudantes da área, moradores da região serrana, representantes e autoridades de municípios vizinhos e Inea.
ACIM
Apesar disso, outra personalidade do município que também possui uma opinião forte sobre a hidrelétrica é Francisco Navega, Presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM). De acordo com Navega, a pedido do vereador Maxwell, a associação, junto com o Inea estão conhecendo o empreendimento que está em andamento há mais de 30 anos.
Para ele, o projeto é interessante e do ponto de vista comercial e poderia ser bom para Macaé. “Mas, ao mesmo tempo, é necessário que seja cumprido corretamente todas as fases do licenciamento ambiental”, concluiu Francisco Navega.