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Vindo da DP da Rocinha, na Capital do RJ, já atuou também em delegacias da Região dos Lagos e pretende montar um setor especial para atendimento à mulher vítima de violência

Delegado Carlos Abreu assume a 127ª Delegacia de Polícia de Búzios/ Foto Prensa de Babel

Desde do dia 27 de janeiro a delegacia de Búzios (127ªDP) está sendo conduzida pelo delegado Carlos Abreu, que veio da  11ª DP (Rocinha-RJ), e já foi titular das delegacias de São Pedro da Aldeia e Cabo Frio. Comenta que “conhece bem a região e seus principais problemas”. Ressalta que Búzios tem um índice de criminalidade muito baixo em relação às cidades vizinhas.  Carlos substitui o delegado Allan Duarte, que havia assumido a DP de Búzios em 2019.

“Estou levantando todos os dados referentes à cidade, me inteirando mesmo dos problemas. Estamos aqui há uma semana, mas já sei que a incidência maior é de furtos à residências e comércios, vamos trabalhar para elucidar esses crimes. O índice de homicídios em Búzios é muito pequeno, mas não deixaremos de dar atenção a isso também.”, explica. 

Tráfico de drogas e homicídios 
O novo delegado confirma que, na Região dos Lagos, esses índices são, na maior parte, relacionados ao tráfico de drogas. Conta que uma das suas prioridades nas delegacias por onde passou é buscar identificar quem são os líderes das facções e como funciona a organização local. O objetivo é com isso desmanchar esses grupos e então enfraquecer o tráfico, o que diminui a violência. Mas reafirma que também nessa esfera a realidade em Búzios difere dos arredores.

“Em 2014 em São Pedro da Aldeia  tinha um índice de 40 homicídios no ano, muito por um confronto entre duas comunidades. Em Cabo Frio era uma média de 120 homicídios e também muito ligado ao tráfico de drogas. Até isso em Búzios não é uma realidade, o tráfico também é menos organizado. Acredito que a geografia do município favorece  o controle, por ser uma península, e também a atuação intensiva da Polícia Militar e da Guarda Municipal, que vi que é muito atuante aqui.”, disse. 

A função da Polícia Civil 

Sobre a PM e a Guarda, reafirmou que levará adiante o trabalho de atuação integrada das forças de seguranças. Explica que todos os crimes, inclusive menores, serão alvo de grande atenção, mas é claro que haverá prioridades, lembrando à sociedade a função da Polícia Civil, que se difere do trabalho ostensivo da Polícia Militar. 

“É apurar, elucidar os crimes, o que vai resultar no inquérito, e então poder prender o autor ou autora”, conta. 

Núcleo especial para atendimento ao turista e para o combate da violência à mulher 

Conta que já há na delegacia um núcleo de atendimento ao turista e que pretende reforçar esse trabalho. 

“O turista é um alvo da criminalidade por ele estar de passagem apenas. Isso dá uma sensação de que haverá uma impunidade fácil na pessoa que pretende cometer um crime contra o turista. Por isso o primeiro atendimento é crucial, pois é onde poderemos  elucidar o crime da forma mais rápida possível e dar continuidade mesmo com o retorno dessa pessoa para o seu local de origem. Mas já pude ver que em Búzios é pequeno os casos de assaltos a turistas, é mais furto, o que pode elucidado com o auxílio de câmeras de segurança, por exemplo.”, explica. 

Sobre o atendimento à mulher vítima de violência, comenta que está apenas uma semana e acredita que não haja mesmo um setor para estes crimes na 127ªDP, mas explica que uma delegacia trabalha com a organização do pessoal disponível em setores, e que, não existindo este setor, irá criar sim um núcleo especial para essa demanda. 

“Ainda to verificando os casos de estupro. Com a mudança na legislação, passou a ser considerado estupro qualquer ato libidinoso forçado. Beijar uma mulher a força, por exemplo, no passado não era estupro, hoje  pode ser considerado sim. O conceito é mais amplo agora. A questão da violência contra a mulher está sim entre as prioridades da delegacia, assim como abusos sexuais contra crianças e adolescentes. Não há dificuldades em montar um setor especial para isso. Na última delegacia que trabalhei tínhamos um setor de atendimento à mulher vítima de violência. Podemos designar uma policial para esse atendimento.”, afirma. 

Ao final, perguntado se está entusiasmado em estar Búzios, afirma que sim. “Estou satisfeito de estar aqui nesse novo trabalho sim, e quero atender a todos da melhor formar, e desenvolver nosso trabalho que é a elucidação dos crimes.”, finaliza.  


Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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