Em uma busca diligente por industrialização e abrindo caminho da região para um novo mercado energético, Macaé está recebendo a primeira termelétrica do Brasil a produzir energia com o uso do gás natural proveniente do pré-sal.
As obras da termelétrica Marlim Azul já começaram com um investimento vultuoso de U$ 700 milhões. Mas parece que a burocracia da cidade está atravancando o empreendimento.
Essa é a posição de Francisco Navega, empresário e presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM). A questão da demora no avanço da construção da Marlim Azul, inclusive gera um clamor do próprio empresário.
“Peço ao prefeito que acelere esse processo, porque é injustificável a demora para conseguir uma licença de construção. Essa usina participou de um leilão nacional de energia, já foi licenciada pelo Governo Federal, pelo Inea, ICMbio. São exigências municipais protetivas demais para uma iniciativa que pode ser responsável por alavancar a industrialização de Macaé”, enfatiza Navega.
Os operadores da usina Marlim Azul são as empresas Pátria Investimentos, Grupo Shell e Mitsubishi Hitachi Power Systems (MHPS), players de mercado robustos e que podem colocar Macaé nos holofotes de outras multinacionais com a mesma relevância.
As obras da Marlim Azul estavam para começar no dia 10 de janeiro, afirma Navega, e inclusive está com uma liberação junto ao BNDES de R$ 2 bilhões de reais em investimentos.
Francisco Navega interpõe: “Esse valor foi aprovado no BNDES em tempos de pandemia. Então imagina a importância dessa usina. A última informação que tive foi que faltava um alvará do Corpo de Bombeiros para a retomada da obra”.
O empresário e presidente da ACIM afirma que ter problemas com um empreendimento desse porte por conta de uma questão assim jamais foi visto antes.
Uma solução para a demora seria um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), aponta Francisco Navega, que abriria uma prerrogativa para suprir aquilo que o município não pode entregar nesse momento, em função da importância desse investimento para a economia de Macaé.
A Prensa entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Macaé para questionar o andamento da obra e possíveis atrasos, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.