A Justiça Federal – Subseção de Macaé recebeu na tarde da última segunda-feira (29) cerca de 30 alunos do 3º ano do Ensino Médio do Ciep Brizolão Carlos Emir Mussi, localizado no bairro Aroeira, em Macaé, para participar do programa visita escolar adaptado do projeto do Judiciário “Conhecendo a SJRJ – Seção Judiciária do Rio de Janeiro”. O programa tem como objetivo dar mais visibilidade da Justiça Federal para alunos de todas as idades e permitir, através de exemplos e depoimentos, que possam vislumbrar novas carreiras.
O programa em Macaé é encabeçado pela Juíza Titular da Vara Única da Justiça Federal no município, a Drª Mônica Lucia do Nascimento que o transformou em um projeto pessoal. Nesta edição do evento a magistrada trouxe para palestrar aos alunos diversos exemplos de profissionais do setor público.
Estiveram presentes o diretor do Foro da Justiça Federal do Rio de Janeiro, juiz federal Osair Victor de Oliveira; a diretora da Secretaria Geral (SG), Luciene da Cunha Dau Miguel; o presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador federal André Fontes; o procurador geral do Ministério Público Federal, Fábio Brito Sanches; a Juíza Federal Substituta da Vara Federal Única de Macaé, Monica Cravo; o ex-delegado da Polícia Federal de Macaé e candidato eleito ao cargo de Deputado Federal, Felício Laterça; o comandante do 32° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Macaé, tenente-coronel Rodrigo Ibiapina; o Presidente da Comissão OAB vai a escola da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – 15ª subseção, Gilcimar Figueira e outros notáveis.
A magistrado iniciou uma conversa informal sobre como a educação e esforço pessoal tem importância, mesclando momentos descontração com seriedade, cativando os alunos. A Drª Monica abordou sua própria minha experiência de uma juventude em uma família pobre e moradora de área de risco; o estudo em colégio público e a perda de amigos de escola para a criminalidade.
A magistrada, que criou sua própria versão de ação social em 2008, enfatizou que o segredo para que as coisas darem certo está na perseverança. “Nasci em uma família muito pobre. Meu pai era policial militar e minha mãe era faxineira. Cresci em um bairro muito humilde e tive várias ‘oportunidades’ para me desviar do caminho do estudo. Quero mostrar que é possível vencer o projeto de vida de onde se nasceu, vencer o limiar da pobreza. Mas é preciso ajuda e estímulo”, conclui a magistrada.
Para o diretor do Foro da Justiça Federal do Rio de Janeiro, juiz federal Osair Victor de Oliveira a iniciativa é de extrema importância porque todos os representantes presentes são de instituições públicas que trabalham com dinheiro arrecadados dos impostos.
“Assim, falando aos adolescentes temos mais uma forma de retribuir socialmente, porque também já estivemos na mesma situação deles. Tivemos dúvidas em escolher qual carreira seguir, como chegar até nossos objetivos e concretizar nossos sonhos. Com nossa experiência de vida podemos auxiliar esses jovens”, ponderou o juiz federal.
O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador federal André Fontes também salienta a importância de projetos como o da juíza titular Drª Mônica e afirma que a Justiça do interior tem maiores oportunidades de se juntar a outras instituições públicas afim organizar trabalhos sociais e para o bem público.
“Essa é a vocação do juiz em sua forma mais apropriada. Conhecer os rostos, mentes e corações das pessoas. Ter uma proximidade maior com o ser humano. A Drª Monica Nascimento é o protótipo de juíza que todos imaginamos. Ela é inteligente, comunicativa, esforçada, tem um talento natural para a magistratura, se interessa pela população e, dessa forma, procura retribuir”, analisa o desembargador.
A professora e animadora cultural do Ciep Brizolão Carlos Emir Mussi, Andreia Ramalho, comenta que a visita foi de grande importância para os alunos, porque o 3º ano é um período de escolhas e decisões referentes a vida adulta e a carreira. Segundo a profissional que é responsável por visitações, projetos pedagógicos e atividades fora da escola os alunos recebem bem depoimentos e histórias de vida da forma como foi feita no projeto.
“É importante que eles percebam que eles têm um leque de profissões e carreiras a seguir. Mas que tudo demanda esforço, dedicação e foco”, comentou a professora.
A Drª Mônica Nascimento já está organizando a próxima visitação que deve ocorrer no início de 2019.
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