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Pesquisa revela mudanças no consumo de notícias locais

Pesquisa revela mudanças no consumo de notícias locais
Pesquisa revela mudanças no consumo de notícias locais

O consumo de notícias locais segue sendo um pilar essencial para a democracia e a coesão social nas cidades, mas enfrenta uma crise estrutural que ameaça sua sustentabilidade e seu vínculo com as comunidades. É o que revela o relatório “O QUE CONECTA OS PÚBLICOS AO JORNALISMO LOCAL; Hábitos, interesses, sustentabilidade, engajamento e participação em Florianópolis”, desenvolvido pelo LocalJor, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio da FAPESC e do CNPq.

O estudo analisou o comportamento informativo de 604 moradores de Florianópolis e revelou um retrato detalhado das transformações no ecossistema da informação local. Em meio à fragmentação das mídias e à proliferação de conteúdos nas redes sociais, a pesquisa indica que o público ainda valoriza o jornalismo profissional, embora reconheça o distanciamento crescente entre as redações e as realidades das comunidades.

Confiança e conexão com o público

Segundo o relatório, o principal desafio do jornalismo local é “buscar melhorar a conexão com as comunidades onde atua e focar em criar confiança com o público”. Apesar de 79,5% dos entrevistados considerarem jornais e jornalistas como fontes confiáveis, o estudo mostra que familiares, amigos e influenciadores digitais passaram a ocupar espaço significativo como mediadores da informação.

Essa transição reflete a necessidade de fortalecer vínculos diretos entre veículos e leitores, com pautas que traduzam o cotidiano das cidades e ampliem a percepção de pertencimento social. De acordo com o estudo, a credibilidade do jornalismo depende da capacidade de se reconectar com as pessoas e de atender suas demandas informativas locais.

Temas que movem o interesse público

A pesquisa aponta que os temas mais valorizados pelos moradores de Florianópolis são Educação (73,9%), Cidadania e Prestação de Serviços (71,1%), Meio Ambiente (70,8%), Saúde (69%), Alimentação (63,1%) e Cultura (61,7%). Esses assuntos, diretamente relacionados ao bem-estar coletivo, são também os mais citados como carentes na cobertura jornalística.

O relatório indica “falhas na cobertura já existente”, especialmente em áreas como saúde, segurança e mobilidade urbana — temas centrais para a qualidade de vida e o exercício da cidadania. A ausência dessas pautas evidencia um descompasso entre o interesse do público e as prioridades editoriais das mídias locais.

Novos hábitos de consumo de notícias

As mudanças nos meios de acesso à informação configuram outro aspecto relevante da pesquisa. As redes sociais concentram 55,3% do consumo de notícias locais, seguidas pela televisão (25,3%), portais jornalísticos (9,9%) e rádio (2,5%). O Instagram é a principal plataforma de acesso (73,3%), superando com folga os meios tradicionais.

Mais da metade dos entrevistados afirmou recorrer também a perfis não jornalísticos, como influenciadores e páginas de humor, para se informar sobre a cidade. Essa fragmentação da informação local revela uma disputa acirrada pela atenção do público e reforça a urgência de consolidar o jornalismo como referência de credibilidade e relevância social.

O que o público valoriza nas notícias

Os resultados da UFSC demonstram que os cidadãos ainda reconhecem os fundamentos do jornalismo ético e de qualidade. Entre as características mais valorizadas estão o interesse pelo tema (89,8%), a quantidade de informações suficientes (86,7%), a clareza da linguagem (82%) e a pluralidade de pontos de vista (77,8%).

A credibilidade é o atributo mais importante para os entrevistados, citada por 96,9% como fator decisivo na escolha de um veículo. O relatório destaca que “há correspondência entre o que é valorizado pelo jornalismo acerca de si e o que é valorizado pelo público, ou seja, há um entendimento compartilhado sobre o que define uma boa notícia”.

Sustentabilidade e participação cidadã

A pesquisa também chama atenção para o problema da sustentabilidade econômica. Cerca de 68% dos entrevistados afirmaram que não estão dispostos a pagar por notícias, e apenas 8,1% aceitariam contribuir financeiramente. Apesar da resistência, parte dos respondentes apoia a discussão sobre novas formas de financiamento, como taxas municipais e políticas públicas de incentivo à mídia local.

A participação cidadã é outro ponto sensível. Embora muitos desejem uma relação mais próxima com os veículos, a maioria interage apenas por meio de compartilhamentos em redes sociais. “Melhorar o envolvimento do público com o jornalismo é fundamental para garantir informação local de qualidade”, reforça o relatório.

Um novo modelo para as notícias locais

Os pesquisadores concluem que o jornalismo local atravessa uma crise múltipla — econômica, editorial e social —, mas segue sendo indispensável à democracia e à coesão comunitária. Para enfrentar os desafios, o estudo recomenda diversificar formatos, adotar linguagens mais próximas do público e criar modelos de governança colaborativa entre jornalistas e comunidades.

Nesse contexto, iniciativas regionais como o Conecta SC ilustram caminhos possíveis para o jornalismo local ao priorizar reportagens de interesse público, dando amplo espaço a temas de interesse da população como Educação, Cidadania, Meio Ambiente e Cultura, e ao incentivar o diálogo com os leitores por meio de enquetes no Instagram, fortalecendo desta forma o papel das notícias locais como instrumento de cidadania.

Conforme deixa evidenciado o relatório da UFSC, transformar o jornalismo local é também transformar as sociabilidades e redes comunitárias que sustentam a vida democrática nas cidades.

Octavio Raja gabaglia

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