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Saúde mental LGBTQIA+: Fiocruz aponta cenário de risco

Saúde mental LGBTQIA+: Fiocruz aponta cenário de risco
Saúde mental LGBTQIA+: Fiocruz aponta cenário de risco

Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que a população LGBTQIA+ enfrenta índices alarmantes relacionados à saúde mental. Segundo os dados, 55% dos entrevistados relataram piora significativa em seu bem-estar psicológico, com destaque para os diagnósticos de depressão (30%) e ansiedade (47,5%), ambos acima da média da população geral.

O estudo também evidenciou uma relação direta entre sofrimento emocional e vulnerabilidade social. Quase seis em cada dez pessoas LGBTQIA+ relataram perda ou redução de renda, e 59,4% estavam desempregadas há mais de um ano. Entre pessoas trans, a situação foi ainda mais grave: o desemprego ultrapassou 20% e a insegurança alimentar afetou 56,8% dos entrevistados. Esses números revelam a intersecção entre fatores econômicos, sociais e de saúde mental, compondo um quadro de vulnerabilidade classificado como grave.

Redes de apoio fragilizadas

A Fiocruz ressalta que a ausência ou fragilidade das redes de apoio é um dos principais fatores que agravam o sofrimento psíquico. O afastamento de amigos, grupos comunitários e espaços coletivos expõe muitas pessoas LGBTQIA+ à solidão. Em paralelo, a permanência em lares marcados por preconceito e rejeição amplia sentimentos de insegurança e contribui para o aumento dos casos de depressão e ansiedade em pessoas LGBT.

Para o psicólogo Lucas De Vito, fundador da clínica Consulta LGBT, essa realidade é recorrente na prática clínica: "Quando as redes de apoio são frágeis, cresce a sensação de isolamento. Muitos pacientes relatam que viver em ambientes familiares hostis, sem espaço de acolhimento, é um dos maiores gatilhos para o surgimento ou agravamento de quadros de ansiedade e depressão", afirma.

Impactos estruturais

A análise da Fiocruz aponta que os desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ estão diretamente relacionados a desigualdades estruturais. A sobreposição de discriminação, exclusão social, desemprego e insegurança alimentar amplia o risco de adoecimento mental, especialmente em grupos mais vulneráveis, como pessoas trans.

De Vito reforça que esses fatores não podem ser dissociados do cuidado em saúde: "Saúde mental e condições sociais caminham juntas. Pacientes em situação de instabilidade financeira ou sem suporte afetivo apresentam maior risco de adoecimento. Esses elementos precisam ser considerados em qualquer estratégia de prevenção e cuidado voltada à comunidade LGBTQIA+".

Alternativas de acolhimento

Além de expor dados preocupantes, o estudo da Fiocruz indica a necessidade de ampliar o acesso a serviços de saúde mental preparados para lidar com as especificidades da população LGBTQIA+.

De acordo com De Vito, espaços inclusivos podem reduzir barreiras: "Muitos pacientes relatam receio em procurar serviços de saúde tradicionais por medo do preconceito. O acolhimento em um ambiente inclusivo, seja no formato presencial ou online, está diretamente ligado a práticas de terapia afirmativa para LGBT, que representam não apenas acesso ao cuidado clínico, mas também respeito e validação da identidade de cada pessoa".

Um alerta para gestores e sociedade

Na avaliação do psicólogo, os números da Fiocruz devem servir de alerta para políticas públicas voltadas ao tema: "Estamos diante de dados que não podem ser ignorados. Quando quase metade de uma população apresenta sintomas de depressão ou ansiedade, isso deve ser tratado como prioridade em saúde pública. É urgente investir em políticas inclusivas e ampliar o acesso a tratamento psicológico especializado, garantindo que a comunidade LGBTQIA+ não permaneça em situação de maior vulnerabilidade", conclui De Vito.

Octavio Raja gabaglia

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