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Estudo revela desafios do etarismo no mercado de trabalho

Estudo revela desafios do etarismo no mercado de trabalho
Estudo revela desafios do etarismo no mercado de trabalho

Uma pesquisa realizada pela Stato Intoo, unidade de gestão de carreira da Gi Group Holding, em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie, trouxe à tona dados importantes sobre o etarismo – preconceito relacionado à idade – e seus impactos no ambiente corporativo. O estudo mostra que, embora profissionais mais velhos sejam valorizados por sua experiência e confiabilidade, estereótipos negativos, como resistência à mudança e dificuldade com inovação, ainda representam barreiras significativas para sua inclusão e ascensão no mercado de trabalho.

De acordo com o levantamento, 77,3% dos entrevistados consideram colaboradores acima dos 50 anos como confiáveis, e 80,7% os veem como amigáveis. No entanto, 44% dos participantes acreditam que esses profissionais são resistentes a mudanças, e 24% afirmam que eles não trazem ideias inovadoras. Além disso, 70% dos respondentes concordam que profissionais mais velhos recebem menos oportunidades de promoção e são frequentemente pressionados a se aposentar para abrir espaço para pessoas mais jovens.

Candice Fernandes, diretora da Stato Intoo e membro do comitê de diversidade da Gi Group Holding, explica que esses estereótipos limitam o potencial dos profissionais mais experientes. “A visão de que profissionais mais velhos têm dificuldade com novas tecnologias impede que sua experiência seja plenamente aproveitada. É necessária uma mudança cultural nas organizações, em que os gestores valorizem o profissional sênior como um ativo, por sua vivência e capacidade de motivar e ensinar os mais jovens”, afirma.

Estereótipos positivos e negativos

O estudo destacou que os profissionais mais velhos são frequentemente associados a características positivas, como generosidade (75,8%) e afetividade (74,4%). No entanto, também carregam estereótipos negativos, como baixa especialização (34,2%) e acomodação (34%). Para Candice, essa dualidade reflete uma visão distorcida do mercado. “Eles são vistos como pacientes e bons conselheiros, mas também como resistentes e pouco adaptáveis. Esses estereótipos, muitas vezes infundados, prejudicam suas chances de recolocação e crescimento”, comenta.

Etarismo também afeta os mais jovens

O preconceito etário não se limita aos profissionais mais velhos. Candice Fernandes ressalta que os mais jovens também enfrentam desafios. “Profissionais com menos de 25 anos são frequentemente estigmatizados como imaturos, inexperientes e impacientes. Essa visão pode limitar suas oportunidades de desenvolvimento e crescimento”, explica.

Para a executiva, a solução passa pela criação de um ambiente que promova a troca intergeracional. “É fundamental que as organizações incentivem líderes que valorizem tanto os profissionais 50+ quanto os 25-, reconhecendo o valor único que cada geração oferece. A convivência entre diferentes faixas etárias pode fortalecer as equipes, combinando experiência, paciência, energia e inovação”, destaca.

Impacto no mercado de trabalho

O estudo também revela que, apesar do envelhecimento da população brasileira – com 15,6% dos brasileiros acima dos 60 anos –, as empresas ainda relutam em integrar profissionais mais velhos. Essa resistência pode gerar perdas significativas, já que a experiência desses colaboradores pode ser um diferencial competitivo.

“Profissionais mais velhos trazem consigo décadas de conhecimento e uma visão estratégica que pode ser crucial para o sucesso das organizações. Ignorar esse potencial é um erro que pode custar caro”, alerta Candice.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa foi coordenada pela professora Dra. Darcy M. M. Hanashiro, do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O estudo contou com duas fases: uma qualitativa, com 31 entrevistas em profundidade, e uma quantitativa, com 269 participantes. A maioria dos entrevistados era composta por homens (61,3%), brancos (85,4%), com mais de 50 anos (64,7%) e pós-graduados (73,8%).

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