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Exposição-feira Arte dos Mestres reúne artesanato de 8 estados brasileiros em SP

Exposição-feira Arte dos Mestres reúne artesanato de 8 estados brasileiros em SP
Exposição-feira Arte dos Mestres reúne artesanato de 8 estados brasileiros em SP

De 27 de agosto a 1º de setembro, a ONG Artesol, que há mais de 25 anos se dedica à valorização do artesanato cultural brasileiro, promove a segunda edição da exposição-feira Arte dos Mestres no Espaço State, na Vila Leopoldina, em São Paulo. Para esta edição, que conta com o patrocínio master do Nubank, a organização convida 15 mestres-artesãos, grupos e coletivos de oito estados brasileiros (Alagoas, Pernambuco, Ceará, Bahia, Piauí, Minas Gerais, Acre e Mato Grosso) para exibirem 280 criações ao público. Com entrada gratuita, o evento também possibilita a comercialização das obras, com os interessados adquirindo-as diretamente com os artistas no local.

Além das peças confeccionadas com diferentes materiais (fios e fibras, madeiras e couro, barro e sementes) e técnicas envolvendo a cerâmica, o entalhe, a costura e a tecelagem, também serão exibidos documentários que registram a história, a cultura e os processos criativos dos autores, buscando potencializar trocas e experiências mais profundas entre os visitantes e os mestres-artesãos.

“O grande desafio e missão da Artesol ao realizar mais uma edição da Arte dos Mestres é fazer com que sejam devidamente reconhecidos esses atores sociais, que são guardiões de legados de seus antepassados e culturas e referências em suas comunidades. Queremos que ainda mais pessoas possam conhecer seus trabalhos, garantindo para eles um mercado consumidor mais justo e amplo, que reconheça o valor dessas obras não apenas pela estética, mas por sua carga histórica e cultural”, completa a presidente da Artesol Sonia Quintella.

A programação ainda contempla rodas de conversa com a participação dos artesãos, mediadas por estudiosos e pesquisadores do universo da arte e cultura popular. A proposta é promover reflexões sobre as fronteiras entre arte e artesanato e os principais desafios de construir uma carreira nesse universo, além de discutir sobre os aspectos sociais e econômicos que permeiam tal produção nos quatro cantos do país.

“Para este ano, a curadoria trouxe inovações contemplando novas técnicas artesanais, como os saberes e fazeres têxteis, ampliando as escolhas para outras manifestações artísticas da cultura popular brasileira. Como na primeira edição, além dos mestres e legados familiares que atravessam gerações, dessa vez teremos trabalhos oriundos de coletivos de mulheres guiados por suas mestras. Contaremos novamente com a presença indígena, representada pelo Povo Ashaninka, e traremos elementos dos modos de vida sertanejo, ribeirinho e quilombola apresentados em outras versões e combinados com referências intergeracionais e de gênero. Um ateliê aberto ao público será lugar para reverenciar a maestria do domínio técnico desses mestres”, afirma Josiane Masson, curadora da Arte dos Mestres ao lado de Marco Aurélio Pulchério. 

Outra novidade em relação à primeira edição, que recebeu mais de 8 mil visitantes em apenas 5 dias de evento, é a reserva do dia 27 de agosto para as atividades educativas voltadas para jovens estudantes e educadores, com o intuito de reforçar o caráter formativo do projeto. Segundo Marco Aurélio, “a curadoria é pensada de forma holística, com espaços, recursos e programação voltadas para conscientizar sobre a importância da proteção desses bens culturais imateriais e materiais, incentivando a continuidade e a renovação dos trabalhos artesanais como vetores de inclusão social e econômica nacionais”.

Sobre os artesãos 
Diretamente da fronteira do Acre com o Peru, o povo indígena Ashaninka, conhecido por sua tradição ligada à música, traz para a segunda edição de Arte dos Mestres, artefatos musicais, vestimentas trabalhadas em tear e tecidos pintados à mão com pigmentos naturais, combinando adereços trabalhados com sementes dessa que é a região de maior biodiversidade da Amazônia. Ainda no segmento do artesanato têxtil, as coloridas redes de Várzea Grande do coletivo feminino Tece Arte, do Mato Grosso, e os Ojás e Alakás tradicionalmente usados no candomblé ketu, nação do Ilé Axé Opó Afonjá de Salvador (BA), confeccionados pelas tecelãs da Casa do Alaká, também integram a mostra.

Mestre no manejo do couro, Espedito Seleiro, de Nova Olinda (CE), expõe painéis de diferentes cores e formas, junto com outro artesão cearense, José Lourenço, coordenador da “Lira Nordestina”, reconhecido como o maior xilogravurista da escola cariri de xilogravura, com álbuns que retratam a vida de Padre Cícero, Patativa do Assaré, entre outros.

Já os trabalhos em madeira demonstram as diferentes habilidades de nomes como Nen, que reaproveita pedaços de canoas e embarcações naufragadas há décadas na região de Alagoas; Maqueson, que retrata cenas da floresta amazônica a partir de uma técnica autoral de marchetaria; e Josielton, representante da nova geração de escultores do Piauí, com sua arte santeira.

Além deles, o pernambucano André Menezes apresenta sua técnica de reaproveitamento de materiais que ele batizou como “reclipachê”, uma junção dos termos reciclagem, papietagem e machê. 

Por fim, o manejo da cerâmica está representado pelos alagoanos mestra Irinéia, com sua arte resistente quilombola, e Cláudio Capela, cujas miniaturas retratam cenas do cotidiano local de Capela, sua cidade natal. Assim como eles, o mestre pernambucano Fernandes Rodrigues apresenta suas esculturas de personagens da cultura nordestina “com os pés descalços para remeter à simplicidade desse povo”, como ele mesmo descreve. Também de Pernambuco, a mostra traz as criações em cerâmica figurativa dos filhos do mestre Zé Caboclo, que seguem reproduzindo o trabalho do pai a partir de uma linguagem artística individual.

O mineiro Ulisses Pereira Chavez, considerado um dos maiores artistas populares do Brasil, e o baiano Jotacê e seus filhos, com suas esculturas inspiradas em temas da natureza, encerram a lista de artesãos desta segunda edição da exposição Arte dos Mestres.

Serviço:
Arte dos Mestres 2024
Período: 27 de agosto de 2024 (reservado para Educativo); 28 de agosto, das 13h às 19h; 29 de agosto a 1º de setembro, das 11h às 19h.
Local: Espaço State – Avenida Manuel Bandeira, 360 – Vila Leopoldina, São Paulo/SP
Curadoria: Josiane Masson e Marco Aurélio Pulchério
Realização: Artesol | Patrocínio Master: Nubank
Entrada gratuita. Mais informações em www.artesol.org.br 

Exposição-feira Arte dos Mestres reúne artesanato de 8 estados brasileiros em SP

Exposição-feira Arte dos Mestres reúne artesanato de 8 estados brasileiros em SP
Exposição-feira Arte dos Mestres reúne artesanato de 8 estados brasileiros em SP

De 27 de agosto a 1º de setembro, a ONG Artesol, que há mais de 25 anos se dedica à valorização do artesanato cultural brasileiro, promove a segunda edição da exposição-feira Arte dos Mestres no Espaço State, na Vila Leopoldina, em São Paulo. Para esta edição, que conta com o patrocínio master do Nubank, a organização convida 15 mestres-artesãos, grupos e coletivos de oito estados brasileiros (Alagoas, Pernambuco, Ceará, Bahia, Piauí, Minas Gerais, Acre e Mato Grosso) para exibirem 280 criações ao público. Com entrada gratuita, o evento também possibilita a comercialização das obras, com os interessados adquirindo-as diretamente com os artistas no local.

Além das peças confeccionadas com diferentes materiais (fios e fibras, madeiras e couro, barro e sementes) e técnicas envolvendo a cerâmica, o entalhe, a costura e a tecelagem, também serão exibidos documentários que registram a história, a cultura e os processos criativos dos autores, buscando potencializar trocas e experiências mais profundas entre os visitantes e os mestres-artesãos.

“O grande desafio e missão da Artesol ao realizar mais uma edição da Arte dos Mestres é fazer com que sejam devidamente reconhecidos esses atores sociais, que são guardiões de legados de seus antepassados e culturas e referências em suas comunidades. Queremos que ainda mais pessoas possam conhecer seus trabalhos, garantindo para eles um mercado consumidor mais justo e amplo, que reconheça o valor dessas obras não apenas pela estética, mas por sua carga histórica e cultural”, completa a presidente da Artesol Sonia Quintella.

A programação ainda contempla rodas de conversa com a participação dos artesãos, mediadas por estudiosos e pesquisadores do universo da arte e cultura popular. A proposta é promover reflexões sobre as fronteiras entre arte e artesanato e os principais desafios de construir uma carreira nesse universo, além de discutir sobre os aspectos sociais e econômicos que permeiam tal produção nos quatro cantos do país.

“Para este ano, a curadoria trouxe inovações contemplando novas técnicas artesanais, como os saberes e fazeres têxteis, ampliando as escolhas para outras manifestações artísticas da cultura popular brasileira. Como na primeira edição, além dos mestres e legados familiares que atravessam gerações, dessa vez teremos trabalhos oriundos de coletivos de mulheres guiados por suas mestras. Contaremos novamente com a presença indígena, representada pelo Povo Ashaninka, e traremos elementos dos modos de vida sertanejo, ribeirinho e quilombola apresentados em outras versões e combinados com referências intergeracionais e de gênero. Um ateliê aberto ao público será lugar para reverenciar a maestria do domínio técnico desses mestres”, afirma Josiane Masson, curadora da Arte dos Mestres ao lado de Marco Aurélio Pulchério. 

Outra novidade em relação à primeira edição, que recebeu mais de 8 mil visitantes em apenas 5 dias de evento, é a reserva do dia 27 de agosto para as atividades educativas voltadas para jovens estudantes e educadores, com o intuito de reforçar o caráter formativo do projeto. Segundo Marco Aurélio, “a curadoria é pensada de forma holística, com espaços, recursos e programação voltadas para conscientizar sobre a importância da proteção desses bens culturais imateriais e materiais, incentivando a continuidade e a renovação dos trabalhos artesanais como vetores de inclusão social e econômica nacionais”.

Sobre os artesãos 
Diretamente da fronteira do Acre com o Peru, o povo indígena Ashaninka, conhecido por sua tradição ligada à música, traz para a segunda edição de Arte dos Mestres, artefatos musicais, vestimentas trabalhadas em tear e tecidos pintados à mão com pigmentos naturais, combinando adereços trabalhados com sementes dessa que é a região de maior biodiversidade da Amazônia. Ainda no segmento do artesanato têxtil, as coloridas redes de Várzea Grande do coletivo feminino Tece Arte, do Mato Grosso, e os Ojás e Alakás tradicionalmente usados no candomblé ketu, nação do Ilé Axé Opó Afonjá de Salvador (BA), confeccionados pelas tecelãs da Casa do Alaká, também integram a mostra.

Mestre no manejo do couro, Espedito Seleiro, de Nova Olinda (CE), expõe painéis de diferentes cores e formas, junto com outro artesão cearense, José Lourenço, coordenador da “Lira Nordestina”, reconhecido como o maior xilogravurista da escola cariri de xilogravura, com álbuns que retratam a vida de Padre Cícero, Patativa do Assaré, entre outros.

Já os trabalhos em madeira demonstram as diferentes habilidades de nomes como Nen, que reaproveita pedaços de canoas e embarcações naufragadas há décadas na região de Alagoas; Maqueson, que retrata cenas da floresta amazônica a partir de uma técnica autoral de marchetaria; e Josielton, representante da nova geração de escultores do Piauí, com sua arte santeira.

Além deles, o pernambucano André Menezes apresenta sua técnica de reaproveitamento de materiais que ele batizou como “reclipachê”, uma junção dos termos reciclagem, papietagem e machê. 

Por fim, o manejo da cerâmica está representado pelos alagoanos mestra Irinéia, com sua arte resistente quilombola, e Cláudio Capela, cujas miniaturas retratam cenas do cotidiano local de Capela, sua cidade natal. Assim como eles, o mestre pernambucano Fernandes Rodrigues apresenta suas esculturas de personagens da cultura nordestina “com os pés descalços para remeter à simplicidade desse povo”, como ele mesmo descreve. Também de Pernambuco, a mostra traz as criações em cerâmica figurativa dos filhos do mestre Zé Caboclo, que seguem reproduzindo o trabalho do pai a partir de uma linguagem artística individual.

O mineiro Ulisses Pereira Chavez, considerado um dos maiores artistas populares do Brasil, e o baiano Jotacê e seus filhos, com suas esculturas inspiradas em temas da natureza, encerram a lista de artesãos desta segunda edição da exposição Arte dos Mestres.

Serviço:
Arte dos Mestres 2024
Período: 27 de agosto de 2024 (reservado para Educativo); 28 de agosto, das 13h às 19h; 29 de agosto a 1º de setembro, das 11h às 19h.
Local: Espaço State – Avenida Manuel Bandeira, 360 – Vila Leopoldina, São Paulo/SP
Curadoria: Josiane Masson e Marco Aurélio Pulchério
Realização: Artesol | Patrocínio Master: Nubank
Entrada gratuita. Mais informações em www.artesol.org.br 

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