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Câncer de mama é o segundo tumor mais comum entre as mulheres

Câncer de mama é o segundo tumor mais comum entre as mulheres
Câncer de mama é o segundo tumor mais comum entre as mulheres

O câncer de mama acontece pela transformação de uma célula normal em célula cancerígena na mama e evolui por meio da proliferação dessas células. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o segundo tumor mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma (CEC e CBC causados por exposição ao sol), mas é o primeiro quando se fala em letalidade.

Estima-se cerca de 65 mil casos novos todo ano, isso leva a um risco cumulativo de cerca de 8% de desenvolver um câncer de mama ao longo da vida (até 79 anos). Apesar desses dados levantados pelo INCA serem alarmantes, deve-se lembrar que o câncer de mama é raro antes dos 35 anos de idade, além disso, nem todo nódulo de mama é maligno, a maioria são nódulos benignos (principalmente os fibroadenomas).

A médica Michelle Abreu, mastologista do Hospital VITA, explica que o principal fator de risco para ter câncer de mama é ser mulher (apenas 1% de todos os casos acontece em homens).

Em seguida fatores como: o avançar da idade, obesidade, entrada na menopausa em idade mais avançada, uso prolongado de terapias de reposição hormonal pós-menopausa, tabagismo e ingestão de bebida alcoólica, além de fatores relacionados a hereditariedade. “Sendo assim, conseguimos observar que alguns fatores são modificáveis (portanto fazem parte da prevenção) e outros não”, ressalta a especialista.

A Dra. Michelle conta que a prevenção primária trata justamente desses fatores modificáveis, com evidências científicas de diminuição de até 17% do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Os principais meios de prevenção são: controle da obesidade, ingestão de alimentos mais naturais e menos ultraprocessados e realizar atividade física regular. “Na prevenção secundária, que visa o diagnóstico precoce da doença, a principal arma é a mamografia, escolhida como meio de rastreamento por ser capaz de reduzir a mortalidade geral pela doença, por meio de detecção de tumores em fases muito iniciais”, aponta. 

A mastologista esclarece que o tipo mais comum de câncer de mama começa nos ductos mamários (ductal) e quando se torna palpável geralmente já está próximo de 2 cm de diâmetro, por isso a luta e insistência na realização exames de rotina regularmente após os 40 anos para a população em geral, pois a mamografia pode diagnosticar tumores malignos muito menores do que isso. Segundo ela, além do nódulo palpável, podem ocorrer outros sintomas variados, como: retração do mamilo/aréola, inchaço da pele (aspecto de casca de laranja), saída de secreção sanguinolenta ou aguada por um ducto mamário, entre outros.   

A médica relata que o tratamento geralmente se compõe de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia e imunoterapia em alguns casos, além de fazer parte importante também a reconstrução mamária, que ajuda a devolver a autoconfiança e autoestima dessas mulheres.

“Quando falamos de câncer de mama, devemos lembrar que a mulher não se resume à doença que ela está enfrentando, como profissionais podemos lançar mão de apoio psicológico, conversar sobre a sexualidade e o quanto a doença e o próprio tratamento está afetando sua autoestima, sua vida pessoal, profissional, familiar e social”, destaca a Dra. Michelle.

A médica acrescenta que também é dever do especialista estimular essas mulheres a manterem o máximo possível das suas atividades prévias à doença, inclusive rotina de exercícios físicos, que auxiliam a passar pelos efeitos colaterais do tratamento. “É preciso fazê-las se sentirem capazes de passar por esse momento da melhor maneira possível, sabendo que somos fonte de apoio e temos um olhar cuidadoso e humano, com quem elas sempre podem contar”, enfatiza a Dra. Michelle Abreu.

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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