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O verão, com suas altas temperaturas e dias ensolarados, é a estação do ano em que muitos buscam atividades ao ar livre. Contudo, é também um período em que as lesões na coluna podem aumentar, seja por sair da rotina, exagerar em exercícios físicos ou por acidentes, seja no trânsito ou na água.
De acordo com o médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Dr. Antonio Krieger, exercícios físicos são importantes para fortalecer a musculatura e reduzir o risco de dores nas costas, no entanto, devem ser realizados regularmente ao longo do ano e o excesso neste período pode trazer consequências.
“Sem exercício, os músculos podem ficar fracos e sem condicionamento, o que pode levar a dor nas costas e lesões”, alerta o ortopedista. “Se você não pratica exercícios físicos com frequência, não deve exagerar nas práticas esportivas no fim do ano. Uma rotina regular de alongamento, musculação e exercícios aeróbicos é melhor para a coluna do que uma única explosão de esforço intenso neste período”, explica Krieger.
Outro ponto ressaltado pelo cirurgião é o impacto do estilo de vida no bem-estar da coluna. O tabagismo, por exemplo, está associado a um maior risco de dor nas costas, devido à restrição do fluxo sanguíneo para os discos da coluna. “Fumantes são mais propensos a sofrerem com dor nas costas”, diz o ortopedista.
Prevenção no trânsito – O Brasil registrou mais de um milhão de acidentes envolvendo veículos no último ano. Foram cerca de 1,5 milhão de feridos e 20 mil mortes em todo o país, segundo o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest), da Secretaria Nacional de Trânsito. Por trás dos números, estão as consequências. Acidentes de alta energia, como os que envolvem carros e motocicletas, são as principais causas responsáveis por fratura da coluna e lesão da medula em pacientes jovens.
Segundo Krieger, os acidentes automobilísticos, comuns nesta estação, são uma das principais causas de fraturas na coluna. “A imprudência ainda é a principal causa de acidentes de trânsito graves que podem levar a traumas na coluna”, adverte o especialista.
Lesões na água – Segundo a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e o Ministério da Saúde, nesta época do ano, acidentes em águas rasas saltam da quarta para a segunda principal causa de lesão medular no país, atrás apenas dos acidentes de trânsito.
“Os mergulhos em águas rasas podem causar lesões irreversíveis na coluna. Evitar mergulhos de cabeça, certificar-se da profundidade e seguir práticas seguras são essenciais para um verão sem tragédias”, destaca o médico.
De acordo com a SBC, a maior parte das vítimas deste tipo de acidente é jovem. Cerca de 90% têm entre 10 a 25 anos. O impacto da queda pode trazer sequelas graves e até mesmo a morte. Entre as principais consequências estão a tetraplegia e paraplegia, além de alterações neurológicas, perda de sensibilidade, fraturas, traumatismos, perda de força muscular e afetar a mobilidade.