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Número de países com ambientes livres de fumo aumenta

Número de países com ambientes livres de fumo aumenta
Número de países com ambientes livres de fumo aumenta

Publicação realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) através do seu nono relatório sobre a epidemia global do tabaco (2023), aponta que nos últimos 15 anos, o número de países com ambientes livres de fumo ou fumaça proveniente do fumo, aumentou de 10 em 2007 para 74 em 2022. No entanto, mais de dois bilhões de pessoas permanecem desprotegidas por qualquer uma das medidas MPOWER em nível de melhores práticas.

Segundo o relatório, todos os países têm a capacidade de adotar e implementar políticas abrangentes de controle do tabaco para evitar o imenso ônus imposto pelo uso do tabaco e à exposição à fumaça de pessoas que compartilham locais onde existem áreas para fumantes. No entanto, o relatório afirma que em 2022, 44 países ainda não haviam adotado nenhuma medida MPOWER em nível de melhores práticas, deixando 2,3 bilhões de pessoas vulneráveis aos danos do tabaco.

Ainda sobre o assunto, a ação MPOWER é uma estratégia global adotada pela OMS para combater o tabagismo e suas consequências prejudiciais à saúde pública. MPOWER é um acrônimo que representa seis principais medidas que os países podem adotar para reduzir o consumo de tabaco, que são monitorar, proteger as pessoas, oferecer ajuda, alertar, reforçar proibições e aumentar impostos.

Sobre o assunto, Miler Nunes Soares, médico psiquiatra e responsável pela Clínica de Recuperação no Mato Grosso Granjimmy afirma que a estratégia global adotada pela OMS é um conjunto de atividades que as nações devem implementar para reduzir a procura por tabaco. “Estar alinhado com a pauta da OMS é fundamental para redução do consumo de tabaco em todos os seus modos no Brasil e no mundo, trabalhando para proteger as pessoas e oferecer ajuda, que são duas das medidas da ação, tão importantes quanto as outras”.

Ainda sobre o documento publicado, em 2022, a medida MPOWER que apresentou mais progresso, segundo os resultados informados, foi a proibição da publicidade, promoção e patrocínio de tabaco (TAPS), com sete países alcançando o mais alto nível de realização, cobrindo uma população adicional de 246 milhões de pessoas desde 2020. No Brasil, existe conteúdo publicado sobre a implementação desta ação. Embora as proibições ainda sejam uma medida pouco adotada, quase 2 bilhões de pessoas em 66 países agora são abrangidas, segundo informado no estudo.

A publicação que encontra-se publicada no site da OMS, informa que os países de alta renda estão atrasados quando se trata de atingir o nível de melhores práticas em proibições de TAPS, com apenas 15 dos 60 países de alta renda alcançando este nível (25% de todos os países de alta renda). Por outro lado, 38 dos 106 países de renda média (36%) e 13 dos 28 países de baixa renda (46%) atingiram o nível de melhores práticas.

Além disso, outra medida que o relatório informa é sobre a elevação dos preços por meio de impostos, que segundo o documento é a maneira mais eficaz de reduzir o uso do tabaco, mas essa medida progrediu lentamente. Observou-se um grande aumento na cobertura populacional por essa medida entre 2016 e 2018 (de 8% em 2016 para 13% em 2018), mas desde então, a proporção da população mundial protegida por impostos no nível de melhores práticas diminuiu ligeiramente para 12% em 2022.

Perguntado sobre o assunto, Miler Nunes comentou que na unidade da Clínica de Recuperação em Lucas do Rio Verde em Mato Grosso, os familiares são orientados segundo as pautas e ações da OMS quanto a estratégia MPOWER para o que podem aplicar em casa quando os que recebem tratamento terminam o seu período na clínica. “Reforçamos aos familiares a importância de manter os ensinamentos a partir das ações implementadas da estratégia MPOWER, porém algumas ações, como o aumento de impostos e propaganda de empresas de tabaco, dependem do apoio dos nossos governantes”.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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