Um relatório publicado em março deste ano pela consultoria Global Market Insights, o mercado de saúde digital deve ultrapassar os US$ 981,5 bilhões no mundo até o ano de 2032. O documento cita alguns fatores que potencializaram a evolução do segmento, dentre eles a tecnologia que acelera processos e viabiliza, por exemplo, as teleconsultas, bem como a recente pandemia de Covid-19, que provocou o distanciamento social globalmente.
Uma parcela relevante desses números se deve à atuação das healthtechs, startups e empresas que buscam inovar na área da saúde e que, segundo informações também da Global Market Insights devem chegar ao valor de US$ 509 bilhões já em 2025. No Brasil, um levantamento publicado neste ano contabilizou 520 desses empreendimentos em 2023. Dessas, 36% foram fundadas entre 2019 e 2022.
CEO da Bit Health, startup especializada em saúde e bem-estar, Tayronne Medeiros acredita que essas projeções demonstram a importância da tecnologia na melhoria do acesso aos cuidados de saúde, na redução de custos e na promoção da conveniência para os usuários: “Atualmente, é possível realizar consultas médicas, nutricionais e receber acompanhamento de profissionais de saúde, como personal trainers, tudo por meio de dispositivos móveis, eliminando a necessidade de sair de casa”, afirma.
Tecnologia é aliada de pacientes e profissionais da saúde
Um dos insights obtidos pela Global Market Insights foi em relação ao aumento no uso de smartphones e smartwatches no tratamento, prevenção e acompanhamento de pacientes, tornando as interações mais focadas no indivíduo. Além disso, a tecnologia de monitorização remota, fornecendo leituras de sinais vitais em tempo real e a obtenção de biodados ao longo do dia foram destaque no relatório.
Para Medeiros, o mercado de healthtech passa por essa significativa transformação, impulsionada principalmente pela incorporação da Inteligência Artificial (IA). “Essa mudança tecnológica tem se traduzido em benefícios significativos para os usuários desses serviços. Eles experimentam ganhos notáveis em agilidade, precisão no diagnóstico e tratamento, e, notavelmente, uma maior acessibilidade em termos de custos”.
Segundo o CEO da Bit Health, esse fator contribui para a democratização do acesso à saúde e ao bem-estar, atendendo às necessidades de uma população cada vez mais conectada. Ilustram essa rápida evolução os dados da Pesquisa TIC Saúde, que apurou que 33% dos médicos atenderam via teleconsulta só em 2022, período de grandes desafios gerados pela pandemia de covid-19.
Quanto ao futuro das healthtechs, Medeiros acredita que a tecnologia desempenhará um papel cada vez mais proeminente na assistência dos profissionais da saúde, com a IA se tornando uma parte indispensável do setor: “Essa evolução não apenas melhora a experiência do usuário, mas também possibilita avanços substanciais na eficiência dos serviços de saúde e na promoção do bem-estar da população como um todo”, finaliza.
Para mais informações, basta acessar: https://bithealth.com.br/