Bruno Dauaire (PR) foi o único deputado a se abster de votar na última sexta-feira (17) em que a ALERJ, por 39 votos à 19, revogou o pedido de prisão preventiva do presidente da Casa Jorge Picciani, e os deputados Paulo Melo e Albertini, todos do PMDB. Os três deputados da cúpula do PMDB-RJ se entregaram à Polícia Federal nesta quinta (16) logo após a decisão do TRF de prendê-los em flagrante. Eles foram alvos da Operação Cadeia Velha, que investiga o pagamento de cerca de R$ 500 milhões a políticos feitos por donos de empresas de ônibus.
Dauaire , de acordo com a Executiva Estadual do partido, será encaminhado a Comissão de Ética por contrariar a orientação do PR do Rio de Janeiro de votarem contra a revogação da prisão preventiva de Picciani, Melo e Albertini, onde sua conduta será avaliada. Outros dois deputados estaduais do PR contrariaram a orientação do partido, Renato Corzolino e Nivaldo Mussi, votaram a favor da revogação e terão seus nomes encaminhados à Justiça Eleitoral com pedido de expulsão dos quadros do PR.
Dauaire, está em seu primeiro mandato, e foi eleito com 35.645 votos, a maioria do Norte Fluminense, e é de família de políticos – seu avô, Alberto Dauaire, obteve 11 mandatos consecutivos: 3 vezes Vereador de São João da Barra, exercendo várias vezes a presidência do Legislativo municipal, no período que vai de 1950 a 1962; Prefeito do município de São João da Barra, de 1963 a 1966; 7 vezes Deputado Estadual pela região Norte Fluminense, de 1966 a 1995, período em que ocupou, por duas vezes, Secretarias de Estado na gestão dos Governadores Jeremias Matos Fontes e Leonel de Moura Brizola. Encerrou a vida pública em 1995. Seu pai, Betinho Dauaire, foi Prefeito de São João da Barra por dois mandatos consecutivos, entre 1997 e 2000 e no período de 2001 a 2004.
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