Lucas D’Assumpção
(Na galeria confira alguns dos trabalhos de Ykenga)
Bonifácio Rodrigues de Mattos, o Ykenga, é desenhista técnico por formação, tentou a sorte na charge em 1978, em jornais de sindicatos e nunca mais voltou à antiga profissão. Ferino em suas análises da realidade brasileira (especialmente aquela em que vivem ele e outros negros), ele teve seu trabalho publicado em periódicos de renome aqui e fora do país.
Atualmente, o nome pode ser visto assinando as charges do caderno Mais São Gonçalo, do jornal Extra. Mas foi no falecido “O Pasquim”, comandado por Jaguar, Ziraldo e companhia, em que ele foi visto pela primeira vez na imprensa, em destacadas páginas duplas.
É sinônimo de bom humor associado à boa crítica jornalística sobre algum acontecimento público de relevância ou dos mais cotidianos.
Nascido um dia depois do dia da Abolição da Escravatura, mas do ano de 1952, ele já emprestou seus traços a jornais como o “Última Hora”, “Jornal do Commércio”, “O Fluminense”, “A Notícia”, “Jornal dos Sports”, “O Povo na Rua”, “O Dia”, “Perú Molhado” (de Búzios), “Liberacion” (Suécia) e “La Juventud” (Uruguai). Tem ainda desenhos incluídos no acervo da Casa do Humor e Sátira de Gabrovo, na Bulgária. É autor do livro Humor à La Carte e do, lançado recentemente, Casa-grande e Sem Sala.
No tempo do Perú Molhado (era muito amigo do saudoso Marcelo Lartigue), Ykenga se aproximou muito de Búzios e hoje a sua relação com a cidade é de amor. O cartunista não mora na península, mas leva a cidade no coração por onde vá. Hoje é colaborador do Prensa de Babel, esse experimento de jornal digital diário em Búzios.