Nesta sexta-feira (28), mensagens a favor do atual governo foram publicadas na página da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Cabo Frio (RJ), no Facebook. As mensagens atacavam o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva e declaravam apoio ao candidato do PL, Jair Bolsonaro. Após repercussão nas redes, a mensagem foi apagada e a Paróquia emitiu uma nota explicando o ocorrido.
O texto de uma das publicações dizia:”Ninguém aguenta mais 4 anos de governo Lula. Afinal, em oito anos de governo Lula, mais 6 anos do governo do seu fantoche do Lula, a Dilma, nós vimos o país viver a maior recessão da sua história”.
Em outra postagem realizada, o responsável publicou uma matéria do portal Correio Braziliense, intitulada “Pesquisa Gerp: Bolsonaro tem 52% dos votos válidos contra 48% de Lula”, com a seguinte legenda: “O desespero da esquerda, apelando para censura, fraude na propaganda e fake news, se justifica plenamente. Acontece que a virada chegou e já é confirmada nas pesquisas”.
Em nota, a Paróquia esclareceu que a postagem não foi foi uma publicação oficial. “Um voluntário, tendo sua conta pessoal atrelada à página, para fazer publicações oficiais da paróquia, fez a publicação pensando estar em sua conta pessoal, entretanto, ainda se encontrava vinculado à nossa página, por isso, aquilo que deveria ser pessoal, deu ideia de ser um ato da paróquia”, contou.
Segundo a lei eleitoral, igrejas, templos, terreiros e demais espaços religiosos são classificados como “bens de uso comum”. Entram nessa lista locais em que a população em geral tem acesso, como cinemas, lojas, estádios e mercados – além dos espaços para propagação da fé.
É proibido veicular propaganda de qualquer natureza, seja exposição de placas, faixas, cavaletes, pinturas ou pichações – a propaganda positiva. O mesmo vale para ataques a outros candidatos – a chamada campanha negativa. Fazer algum tipo de propaganda pode gerar multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil.
Mesmo com a proibição, a lei – e sua aplicação na prática – deixa aberta como será vista a ação específica de um líder religioso junto aos fiéis.