João Direna
Pesquisas feitas em várias cidades do País revelam que, por causa da Covid-19 e da grave crise sanitária, ainda não chegou a hora de as escolas, basicamente, do ensino fundamental, “tocarem o sinal” para o retorno às salas de aula.
Aproximadamente, 65% responderam NÃO e muitos governos pensam em fazê-lo a partir de setembro/outubro (alguns somente em 2021), quando se considera que a pandemia “poderá estar mais sob controle” e o ” novo normal ser uma possibilidade plausível”.
Para especialistas, como cientistas, pesquisadores e profissionais da Saúde e da Educação, a situação continua preocupante pois estudos recentes mostram que as crianças desempenham um papel importante na disseminação de doenças respiratórias em pandemias, além de serem transmissoras de epidemais virais como a influenza porque elas passam períodos longos em muita proximidade com outras crianças e durante atividades físicas, podendo piorar o que já é ruim.
Outro problema é que muitas crianças são assintomáticas. Elas podem não estar apresentando sintomas da doença e mesmo assim agindo como propagadoras do vírus.
Têm, ainda, o uso obrigatório de máscaras, o distanciamento (como evitar a aglomeração?), requisitos de higiene, a observância quanto a ligação com parentes do chamado grupo de risco com doenças pré-existentes e outros itens recomendados no controle do coronavírus, uma doença para qual ainda não há vacina e tratamento específicos de resultados comprovados. Sem falar na falta de testagem, outro fator que aumenta a insegurança e incerteza entre pais, responsáveis, docentes, grupos de apoio e, até, entre autoridades e políticos que não querem se comprometer e “levar pau” nas urnas.
Sendo assim, parece que o ensino à distância, ou ‘modelo híbrido’ das atividades – quase impossível para a maioria das escolas públicas -; a frequência não obrigatória (flexibilização do controle) e a lei sancionada por Bolsonaro (19) quanto ao cumprimento do mínimo de dias letivos e a espera da vacinação em massa deverão continuar a fazer parte do conteúdo programático de estabelecimentos tristes e esvaziados, principalmente, por causa de uma falta de educação.