Entre a madrugada de 14 e 26 de agosto, Búzios registrou uma sequência de crimes que expõe fragilidades na segurança da cidade. Tiros, esfaqueamentos e furtos concentraram-se na Orla Bardot, um dos pontos mais movimentados do município, afetando tanto turistas quanto trabalhadores locais e revelando padrões de violência que começam a se espalhar de bairros vizinhos.

Na sexta-feira, 14, um turista argentino de 31 anos foi baleado durante uma discussão por uma vaga de estacionamento em frente a uma casa noturna. Socorrido inicialmente em Búzios, precisou ser transferido para Araruama devido à gravidade dos ferimentos. Câmeras de segurança registraram um carro branco, modelo Corolla, ligado ao autor dos disparos, que segue foragido, segundo a 127ª DP.

Onze dias depois,  um turista de Nova Iguaçu, foi também vítima de violência na Orla Bardot, atingido no abdômen durante uma briga dentro de uma boate. Três suspeitos foram identificados, mas permanecem foragidos.

No mesmo dia, um bar na Rua das Pedras foi invadido duas vezes em menos de três horas, com furto de dinheiro, bebidas, um celular avaliado em R$ 2.500 e dinheiro estrangeiro, confirmando a escalada da criminalidade no centro de Búzios.

Um mês antes desses episódios, em 20 de julho, o segurança Carlos Alberto Machado Ribeiro, de 59 anos, foi esfaqueado mortalmente na Orla Bardot após advertir um motociclista que realizava manobras perigosas. O agressor foi preso em flagrante.

Além da Orla Bardot, casos graves têm sido registrados em Geribá, Ferradura e no bairro Maria Joaquina, em Cabo Frio, muito próximo de Búzios. Recentemente, o corpo de um jovem sequestrado, suspeito de envolvimento com tráfico de drogas, foi encontrado abandonado em um carro, interferindo diretamente na rotina do município vizinho.

O conjunto de casos indica um aumento preocupante da criminalidade em áreas de grande fluxo turístico, misturando furtos, agressões e homicídios. Especialistas e autoridades levantam hipóteses sobre migração regional da violência, com episódios originados nas capitais e na região metropolitana, embora a relação ainda esteja sendo investigada.

As autoridades seguem investigando todos os casos, com destaque para a atuação da Polícia Civil de Búzios, que identificou alguns suspeitos rapidamente, mas enfrenta dificuldades para localizar todos os envolvidos. A sequência de incidentes abre caminho para reportagens futuras sobre segurança na Região dos Lagos, incluindo análise de padrões criminais, políticas de prevenção e impactos no turismo.