O vereador de Macaé, Marcel Silvano (PT) durante visita na tarde dessa terça-feira (18), à Unidade da Estratégia de Saúde da Família na comunidade Fronteira, denunciou a precariedade do estabelecimento, que atualmente atende cerca de 10 mil pessoas. O parlamentar afirmou que ficou chocado e indignado com o estado da unidade e condições a quem são submetidos os funcionários e os pacientes. “O posto de Estratégia da Família da Fronteira, que é dividido em duas unidades, como Fronteira A, com 4700 referenciados e Fronteira B, com cinco mil. Nossa visita foi necessária porque recebi inúmeras denúncias sobre várias unidades e esta, em especial, me deixou preocupado, diante dos riscos que são colocados os funcionários e pacientes. Agora, vou preparar os requerimentos e fazer as devidas cobranças ao governo, pois é inaceitável a situação e algo precisa ser feito com urgência”, afirmou.
Segundo o vereador, o teto da sala de atendimento ginecológico e de outras áreas desabou na última chuva forte registrada na cidade em maio. “A sala foi interditada pela Defesa Civil, entretanto, apesar de comunicada em imediato, a Secretaria de Saúde disse que nada poderia ser feito por falta de orçamento. O atendimento ficou prejudicado em 50% e a sala ao lado da interditada, apresenta danos preocupantes no teto”, explicou.
Outros problemas, como mofo e infiltrações por todas as instalações, inclusive de atendimento médico e odontológico, também prejudicam a unidade. Quando chove, segundo apontou o parlamentar, pacientes e funcionários têm dificuldade de acesso nas instalações, pois acabam se molhando quando andam entre os espaços. “A unidade não é dedetizada e por isso ratos circulam na unidade. A sala de vacina foge dos padrões determinados pelo Ministério da Saúde. Apuramos também falta de insumos, material de limpeza e higiene, além da falta de uniformes e crachás para identificação dos servidores, o que dificulta a atuação dos mesmos. Falta reparo e mais iluminação na área externa. O número de agentes é insuficiente para atender a demanda da comunidade. Não há identificação em frente à unidade. É um verdadeiro descaso com os funcionários e pacientes, que necessitam dos cuidados médicos que a unidade deveria oferecer adequadamente”.
Unidade de Saúde do Planalto da Ajuda
Outra unidade visitada por Marcel foi a localizada no Planalto da Ajuda, inaugurada há 19 anos e sem qualquer melhoria ou ampliação da sua estrutura de lá para cá. Atualmente atende quatro mil usuários e apresenta inúmeras deficiências estruturais para garantir um bom atendimento. Entre os problemas relatados, está o mau cheiro de esgoto e problemas quando chove, pois há vazamentos por toda unidade. Ainda assim, os funcionários se esforçam para fazer o melhor e garantir o bom atendimento. A vacinação, por exemplo, só pode ser realizada no período da manhã, devido o calor.
Todas as unidades apresentaram queixas em comum, como a dificuldade para identificar e contatar responsáveis para que reparos e manutenções sejam feitas. Os funcionários também não recebem uniformes e crachás de identificação, um complicador para que possam atuar nas áreas de atuação.
“A gente espera que a Secretaria de Saúde, prefeito ou responsável pela atenção básica dê respostas, faça as manutenções e não permita que o povo seja submetido a condições como essas. Vamos continuar cobrando e visitando todas as unidades. Ainda nessa semana daremos entrada nos pedidos de melhorias, respostas e iremos protocolar na Câmara”, informou Marcel.
A reportagem do Prensa de Babel contatou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Macaé, solicitando respostas sobre as providências que serão tomadas, mas até o momento nenhum esclarecimento foi feito.