Der acordo com as denúncias do vereador Marcel Silvano (PT), em Macaé o que se vê é de um lado, o bloco de oposição que atua arduamente na busca de respostas transparência e do outro a bancada governista, obediente e que blinda o poder Executivo, evitando assim que este preste conta e esclareça as deficiências que afetam a população macaense. E foi nesse ritmo que o líder da bancada governista, na última quarta-feira (15) orientou os demais vereadores da sua composição a votarem contra os requerimentos que convocaria o secretário adjunto de Saúde de Alta e Média Complexidade, Leandro Soares, e do secretário de Infraestrutura, Célio Chapeta.
O primeiro requerimento pedia esclarecimentos sobre a grande demanda apresentada pela população da região serrana no último fim de semana, na audiência pública realizada na Bicuda. O segundo trata do pedido de esclarecimentos a respeito das denúncias sobre as condições do Hospital Público de Macaé (HPM).
Os vereadores autores desses requerimentos seguiram o regimento interno, que concede o direito do legislativo a fazer essa convocação, o que torna obrigatória a presença dos representantes convocados. Na contramão do que determina o regimento, a bancada governista justificou a derrubada, alegando que os secretários iriam à Câmara, porém por meio de “convite”.
No meio desse debate, o vereador Marcel Silvano, líder do bloco de oposição, chamou a atenção para a postura da bancada governista que atua de forma a impedir que o legislativo exerça seu papel, dificultando o acesso às informações do Executivo de forma oficial.
“Quando o Governo tem uma posição de não deixar que a Câmara cumpra seu papel, ao convocar um secretário que não foi à audiência e não mandou representante, é abrir mão do nosso papel de colocar em diálogo entre a sociedade e o Executivo. O que entendo é que o governo comente um erro quando orienta contra o requerimento”, lamentou Marcel.