Por Rafael Alvarenga
Faz tempo que o mundo dos esportes se transformou em um grande negócio. E eu não preciso desfiar argumentos para confirmar isso. Atletas e lugares são incríveis fontes de renda gerando também publicidade turística para cidades e países.
No futebol, por exemplo, a popularidade de jogadores e estádios tantas vezes sustentam administrações inteiras. E é por isso que, vez e outra, um clube investe em contratar um único jogador de fama internacional (David Beckham, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho). Ou até de arrendar um estádio (Engenhão). Um clube faz esse investimento porque atrai patrocínio, espectadores e parcerias lucrativas. É uma fórmula já velha e de sucesso no mundo esportivo.
É por isso que a situação atual do Maracanã é inacreditável. Tantas reformas e bilhões de Reais, duas Copas do Mundo e uma Olimpíada e hoje o estádio está fechado. Em 2016 não recebeu jogos do campeonato brasileiro e em 2017 corre o risco de não receber jogos do Campeonato Carioca.
Em 2013 o consórcio Maracanã S/A ganhou o direito de administrar e explorar comercialmente o estádio por 35 anos. Mas em 2016 cedeu o estádio para o Comitê organizador Rio-2016. O problema é que, segundo o consórcio, o Comitê não devolveu o estádio nas mesmas condições em que recebeu.
Ao que parece o estádio não foi entregue tampouco recebido. E nesse meio tempo já lhe furtaram de torneiras a busto de bronze. Enquanto isso é como se o Maracanã não existisse para o futebol. Está fechado e com um gramado impraticável. O Maracanã, ponto turístico e patrimônio cultural, pertence ao Estado do Rio de Janeiro. Hoje ambos falecem de mãos dadas.