Anvisa concede o registro definitivo para a vacina Pfizer, contra o Covid-19. Estudos mostraram eficácia de 95%
Nesta terça-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou mais um passo em prol da imunização contra o Covid-19 no Brasil. O órgão concedeu o registro definitivo à vacina da Pfizer/BioNTech.
Com a medida, a Pfizer se torna o primeiro imunizante contra o novo coronavírus a obter o registro sanitário definitivo no país, as outras vacinas em uso possuem apenas o registro emergencial.
Segundo a agência, com autorização, a vacina poderá ser aplicada em todas as pessoas com 16 anos ou mais, e não apenas nos grupos prioritários, como acontece com o registro emergencial. O parecer da Anvisa também permite a importação da vacina para o Brasil, porém, o Governo Federal ainda está em negociação para a compra das doses.
Após o comunicado, o órgão publicou uma nota que explica como foi o processo para o registro. “Durante a análise de um dossiê de registro são realizadas avaliações minuciosas, por especialistas, de todos os documentos e estudos que o compõem, como, por exemplo, das informações sobre o desenvolvimento farmacotécnico, do relatório técnico do produto (características de qualidade, dados de fabricação, controle de qualidade e estabilidade) e do relatório de experimentação terapêutica (ensaios não clínicos e clínicos). Essas avaliações são pautadas em marcos regulatórios e legislações vigentes, além de referências bibliográficas científicas, nacionalmente e internacionalmente reconhecidas”, relata o Diretor Romison Mota.
A vacina Pfizer está sendo produzida em parceria com a BioNTech, utilizando o método do RNA mensageiro, ou mRNA, que ajuda o organismo a gerar a imunidade contra o coronavírus, especificamente o vírus SARS-CoV-2.
De acordo com a empresa, os resultados dos estudos de fase 3, envolvendo mais de 44 mil voluntários e já publicados em revista científica qualificada, mostraram que a eficácia da vacina foi de 95%, também sendo aplicada com esquema de duas doses.