A Corregedoria da Polícia Civil investiga o uso de uma viatura da Polícia Civil para levar carne e churrasco de Cabo Frio para uma pousada em Búzios, na Região dos Lagos, no início do ano, durante o carnaval. Uma imagem da viatura, com mulheres de trajes de banho, foi postada em uma rede social. O caso aconteceu, segundo os investigadores, no dia 25 de fevereiro, uma sexta-feira de carnaval.
Após o depoimento das testemunhas, os agentes descobriram que a foto foi feita em Búzios e que o motorista do carro é o chefe de investigação da Delegacia de Cabo Frio, Guilherme Almeida Ferreri. Segundo uma denúncia anônima, ele teria levado carne e cerveja para um churrasco em Buzios, a 25 km de Cabo Frio.
Em entrevista, o corregedor-geral da Civil contou que, no momento “o que ficou provado é uma versão inicialmente fantasiosa de que foram prender um traficante perigoso, apenas um policial”,
Guilherme depôs sobre o acontecimento. O policial contou que recebeu informação sobre um traficante que estaria em Búzios, e por estar em uma viatura caracterizada, uma das pessoas que o acompanhava na ação sugeriu que o carro teria que ser escondido em uma pousada. Ele disse que quando estacionou no local, não imaginou que pessoas teriam a ideia de tirar fotos em trajes inadequados em cima da viatura.
O policial afirmou ainda que recebeu ajuda na ação de Alexandre Peçanha da Mata. Entretanto, Alexandre não é policial, é chefe de fiscalização ambiental do Inea. “Não é crime ambiental. A gente estranhou esse chamamento do agente do Inea. O que nos chama atenção é que esse funcionário do Inea é identificado pelas três mulheres. Ele chega lá sozinho, então, não bate com as normas que são ensinadas na academia”, acrescenta Passos.