*Rafael Alvarenga
É ordinário em nosso país que meia dúzia de homens engravatados decidam sobre o bem deles próprios canibalizando o resto todo que pode ser 220 milhões (no caso da terceirização dos contratos de trabalho) ou 50 clubes de futebol (no caso da mudança no estatuto da CBF).
Através de uma manobra sinistra realizada nesta semana (assim como a votação sobre a lei das terceirizações) a cúpula da CBF (composta por homens considerados criminosos no exterior, de modo que sequer podem sair do país) decidiu alterar o peso dos votos dos clubes e federações estaduais no que diz respeito a decisões sobre os rumos do futebol brasileiro.
Agora, as federações tem um peso triplicado se comparado com o peso do voto dos clubes. O que significa, na prática, que as federações subjugadas à corrupta CBF sempre terão a última palavra sobre o futebol no Brasil, independente das vontades ou necessidades dos clubes.
Mas não devemos acabar com o Brasil, sequer com o futebol. Precisamos espremer da pele do país alguns furúnculos. No futebol a Copa da Primeira Liga deve ser creditada e crescer independente da CBF. Pois o torcedor saberá quem é o campeão no campo. Já para a Câmara federal devem marchar os 220 milhões. E é preciso que também os guardas entendam que eles não podem defender quem lhes quer beber o sangue dia e noite.
*professor e cronista de esportes
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