Campus da UFRJ em Macaé aparece no ranking das melhores universidades do mundo, sendo a melhor do Brasil
O campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Macaé foi destacado entre as 250 melhores do mundo, de acordo com um levantamento feito pelo Conselho Superior de Investigações Científicas, maior órgão público de investigações da Espanha. O documento aponta que a unidade é a melhor universidade do Brasil e a segunda melhor da América Latina.
O estudo internacional é realizado desde 2004 e avalia mais de 31.000 instituições de ensino superior como forma de incentivar as universidades a dar acesso aberto ao conhecimento produzido nos campi. A avaliação levou três fatos em consideração: visibilidade, excelência e transparência.
A o campus de Macaé aparece à frente de universidades como a de Sourbone, na França, a de Coimbra, em Portugal, e a de Manchester, na Inglaterra. E na América Latina, a única que está à sua frente é a Universidade Nacional Autônoma do México.
História
A UFRJ teve seu início na cidade de Macaé há 37 anos, em 1984, quando pesquisadores do campus da capital acamparam às margens da Lagoa Imboassica para realizar pesquisas pioneiras sobre as águas, restingas e Mata Atlântica da região. A princípio, foi fundado o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (o Nupem), e apenas anos depois a unidade se tornou um campos da UFRJ.
O professor, Francisco de Assis Esteves, fundador do Instituto (do qual é vice-diretor), afirmou que o fato da UFRJ estar entre as melhores do mundo e ser a primeira do país é motivo de orgulho para todos os brasileiros e, portanto, Macaé é privilegiada por sediar o primeiro campus desta instituição fora da cidade do Rio de Janeiro.
“É importante destacar que a UFRJ em Macaé não faz somente ensino. O nosso ensino é de qualidade porque nós fazemos pesquisa, e de muita qualidade. Os quase 500 doutores da UFRJ, que estão em Macaé através dos diferentes polos (universitário, Nupem, Ajuda, HPM, entre outros), buscam interação com a sociedade, e a partir destas intenções, constroem projetos de pesquisas que unem as demandas da sociedade macaense, com as expertises dos pesquisadores gerando conhecimentos em prol da comunidade”.
Novo laboratório
Segundo Francisco, a expectativa da Universidade é que,. por meio de uma parceria com a Prefeitura de Macaé, o Nupem ganhe um novo laboratório, com equipamentos modernos possibilitados por doações viabilizadas pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Unimed e Medicina do Trabalho.
“Esse laboratório vai possibilitar o estudo de biologia molecular, de doenças como zika, febre amarela, dengue e covid. Com essa construção, exames que, hoje, o macaense tem que mandar para o Rio de Janeiro, São Paulo e em outros lugares, poderão ser feitos em Macaé com altíssima qualidade técnica e realizados por profissionais altamente qualificados. Uma análise que demoraria três semanas, poderemos ter em menos de 30 horas”, idealiza o professor.
Luta por espaço
Nos início de janeiro desta ano, os professores e estudantes universitários questionaram a nova gestão da prefeitura sobre possíveis mudanças no campus da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A Prefeitura havia solicitado a retirada das salas ocupadas pelas universidades do prédio da Funemac para abrigar a nova secretaria de educação.
Com a medida, os laboratórios equipamentos dos cursos superiores teriam que ser removidos. A decisão mobilizou o corpo docente e estudantil a engajarem manifestações nas redes sociais.
Após ser questionada pela Prensa, a Prefeitura afirmou será instituído um grupo de trabalho para pensar a gestão dos espaços com objetivo de beneficiar o sistema educacional presente na Cidade Universitária, que engloba a Secretaria de Educação, as universidades federais UFF e UFRJ, a Faculdade Municipal de Macaé (Femass) e as outras instituições presentes no campus com o objetivo de forma que possam continuar atuando em prol do investimento na ciência, tecnologia e desenvolvimento.