Por *Eduardo Almeida
¨Ao longo das praias brasileiras de 1500, se defrontaram, pasmos de se verem uns aos outros tal qual eram, a selvageria e a civilização. Suas concepções, não só diferentes, mas opostas, do mundo, da vida, da morte, do amor, se chocaram cruamente’ – DARCY RIBEIRO em; O Povo Brasileiro.
O PARAÍSO
O motivo desta matéria é que a alta temporada esta chegando e com crise ou sem crise Búzios vai bombar e por isso, o choque na verdadeira acepção da palavra entre os nativos (incluindo nesta expressão os moradores que vieram de outros lugares, mas que aqui chegando logo se fundem neste povo buziano) e os turistas, seres de outros lugares e que aqui vêm pensando estarem chegando ao paraíso, mas tendo como porteiro neste paraíso, o pecado.
Além de uma grande vontade de ver o pecado deste lado do equador os turistas chegam com costumes completamente diferentes dos nossos, para nossa loucura e desespero.
A ÁGUA JOGADA FORA PELOS TURISTAS
Eles procedem de lugares com fartura de água com longos banhos, usam e abusam do precioso liquido, desperdiçam a não mais poder.
O MEDO DOS TURISTAS
Depois vem para cá com um medo total de tudo e de todos, se uma moto para em frente a casa alugada para os turistas, logo vem o pavor de um assalto, ligam para o dono da casa e dizem: tem um cara aqui em frente a casa¨. Incrível como está o panico nestas pessoas de fora de Búzios.
AS POBRES CUÍCAS
A outra vilã e vitima ao mesmo tempo são as cuícas ¨mais conhecidas como gambás. Elas se parecem com um ratão grandão, mas não têm nada dos ratos das cidades, não causam peste bubônica, não andam em grupos, apenas nesta época do ano, se acasalam e por isso andam com a cara metade, se metem no forro da casa, pois o habitat dela nos acabamos e dentro da casa, fazem um barulho danado e os inquilinos quando chegam a ver a cuíca, pensam logo que é uma ratazana. Ficam apavorados e querem logo matar a bichinha, ela é do bem e adoro as cuícas. Matar cuíca é crime ambiental!
O TRÂNSITO DAS GRANDES CIDADES CHEGA A BÚZIOS
Alem do medo de tudo, trazem retratos de um transito cruel, assassino e completamente sem educação. Conclusão a ida dos turistas a praia é como se fosse para um compromisso de vida e morte, não param para nada e para ninguém. Conclusão o morador não consegue atravessar a rua de jeito nenhum. Outro dia fiquei observando em frente ao posto de saúde, Manguinhos, a fila com milhares de carro que passava como uma serpente peçonhenta sem parar para ninguém. Velhos, doentes, crianças enfim toda a população dividida nos dois lados da rua, sem poder atravesssar a via. Vamos colocar um sinal naquele local ou um guarda municipal 24 horas que é o horário de funcionamento do Posto de Saúde atualmente.
*Eduardo Almeida é o presidente da Comissão de Segurança Publica da OAB/Búzios, vice presidente da Comissão de Proteção aos Homoafetivos da OAB/Búzios e vice presidente do Conselho Comunitário de Segurança Publica.