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Rafael Alvarenga é professor e cronista esportivo
Rafael Alvarenga é professor e cronista esportivo e flamenguista. Foto de capa Guito Moreto/O Globo

Por Rafael Alvarenga

No sábado Vasco X Flamengo disputaram o clássico dos milhões em São Januário pela 12ª rodada do campeonato brasileiro de futebol série A. Entretanto, o motivo que nos faz voltar os olhos para o jogo, não é o próprio jogo.

Mas vejam só como poderia isso acontecer! É o clássico dos milhões, das maiores torcidas do Rio de Janeiro, de dois times disputando a parte de cima da tabela, de um campo recheado de jogadores consagrados como Diego, Guerrero, Everton Ribeiro, Luis Fabiano, Martín Silva e o tema é a briga promovida por parte da torcida do Vasco. Eles quebraram seu próprio estádio, agrediram policiais, ameaçaram jogadores além de encurralar profissionais da imprensa. Cenas lamentáveis, porém previsíveis no futebol brasileiro.

Agora o MP e o STJD discutem sobre a pena a ser aplicada ao clube que, segundo os órgãos responsáveis, deve ser severa. Convenhamos, o clube tem responsabilidade, pois os vândalos entraram no estádio com bombas. No entanto, esse show de horrores se repete, além de ser facilmente previsto, porque os próprios MP e STJD não tomam medidas drásticas e definitivas.

Por exemplo, punir o Vasco com a perda de mandos de campo não resolverá nada. Ora porque o torcedor que foi a São Januário para brigar continuará indo brigar em outros estádios. Falta uma identificação precisa do cidadão no momento de entrada para o jogo. A justiça brasileira já proibiu torcedores de diversos times de irem ao estádio. Acontece que ninguém sabe quem entra no estádio. Não há nenhum mecanismo eficaz de identificação.

Minto, há sim um mecanismo eficaz de identificação de torcedores no estádio: as câmeras de TV quando estão gravando e exibindo brigas capazes de fazerem pais terem a certeza de que jamais levarão seus filhos aos estádios de futebol.

 

 

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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