Lucas D’Assumpção
Com a onda do “Brazillian Storm” – termo dado aos surfistas da nova geração brasileira, que está dominando o mundo, como Gabriel Medina, Felipinho Toledo e muitos outros, Búzios vem formando o seu atleta mundial: Theo Fresia. Um dos moleques mais talentosos do surf atual, Theo, que tem apenas 18 anos, vem se destacando em torneios pró juniors espalhados pelo Brasil e pelo mundo.
Theo tem um vasto repertório e diversos pódios ao longo da sua curta carreira como atleta. Inspirado pelos irmãos, Fresia começou a competir naturalmente e vem numa pegada e regularidade que chama atenção dos especialistas do esporte. Confira uma breve lista de torneios do moleque: Campeão Infantil Circuito Búziano, Campeão Estadual Infantil, Campeão Circuito ASBT- Cyclone, Bi-Campeão Circuito ASBT – Cyclone, Campeão Circuito Cabofriense, Campeão Circuito Norte-Fluminense, Campeão Circuito Norte-Fluminense / Bi-Campeão, Vice- Campeão Brasileiro Junior, Campeão Estadual Junior – RJ, Bi-Campeão Estadual Carioca (2010 – 2015) e Medalha Bronze no ALOHA CUP – International Surfing Association (ISA).
O jovem atleta conversou com o Prensa e contou um pouco da sua carreira, sonhos e muito mais. Confira:
Parece uma pergunta clichê, mas tenho que fazer. Com quantos anos você começou a surfar?
Tenho 18 anos, comecei a surfar com 8 anos de idade.
Houve alguma influência da família ou você se inspirou em alguém pra entrar no esporte?
O meu irmão Yuri resolveu aprender a surfar em uma escolinha pública, e eu, que sou o caçula, resolvi ir junto.
Como foi pra você começar a competir? Sentiu pressão, foi natural, você que quis…
Eu sempre fui muito competitivo, acho que por ser caçula, eu sempre quis ganhar dos meus irmos. Então isso ajudou para eu entrar nas competições do surf, já que eu gostava de surfar, e gostava de competir também (risos).
Quando você viu que competir era o que queria, qual foi a reação da sua família?
Quando eu competi a primeira vez, logo em seguida a gente começou a pesquisar os calendários dos próximos campeonatos, foi ali que eu vi que era um vício (risos). Minha família sempre apoiou e apoia. Não tenho nem o que reclamar.
Até hoje, qual o torneio mais difícil que você venceu ou foi ao pódio?
Acho que foi uma etapa do Campeonato Brasileiro Sub-21, em 2016. Estavam os melhores do Brasil, mais de 100 surfistas, e fiz a final contra dois paulistas e um pernambucano. Fiquei em 3º, finalizando o ano como 3º melhor sub-21 do Brasil naquele ano.
Uma situação: você está numa final do World Tour. Você está perdendo por poucos pontos, tem 15 segundos de bateria e surge a melhor da série. Você faz a linha da onda ou manda um aéreo e seja o que Deus quiser?
Posso dizer que o meu surf é um surf mais de linha, de borda, é o que eu mais sei fazer, então eu arriscaria um surf de borda!
Qual o seu maior ídolo no surf?
Sou muito fã do Kelly Slater, de todos os fatores: surf, como pessoa, como comportamento fora e dentro d’água, ele é o cara. Eu gosto de assistir o Jordy Smith também, ele é muito completo.
Linha agressiva ou linha clássica do surf, qual tu prefere?
Acho que a mescla das duas faz um surf muito irado. Gosto da linha clássica, dos carvings alongados, isso mesclado com uma linha agressiva, fica muito animal! O interessante pra mim é a variação na onda. O cara conseguir fazer os dois tipos de surf na onda.
Seu maior sonho como atleta. Qual é?
Ser um dos maiores competidores do mundo.
Qual a manobra ais difícil de executar, em sua opinião?
Existem algumas variações de aéreos que são bem difíceis, alguns grabs que poucos conseguem.
Como você faz com os treinamentos? Já que em Búzios a maré e as ondulações demoram a entras. Faz um treinamento fora d’água?
Eu faço um treino na água duas vezes por dia, treino também fora da água, para não ficar fora do ritmo. Búzios demora para entrar ondulação grande, mas sempre tem uma vala que da para treinar, é aquele típico mar de competição.
Pra finalizar. Qual a recomendação pra galera que está começando no esporte? Deixe uma mensagem.
A recomendação é assistir vídeos de surf, e ir pra água, acho que pra evolução ser boa, você precisa estar na água sempre, tentando coisas novas ou aperfeiçoando as que já sabe, Se espelhar nos melhores, estar ao lado dos melhores. Estar ao lado de pessoas que te ajudam na evolução, que somam, é um diferencial.
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