O cabelereiro Paulo Silva, junto com sua equipe de profissionais da Esponja Magic (esponja utilizada para deixar cabelos no estilo nodread), vai realizar cortes nos melhores estilos Black e outros serviços de barbearia, em alguns jogadores participantes da Taça das Favelas, a partir do próximo dia 25 de fevereiro, domingo, no Campo do Realengo.
Os times femininos não ficarão de fora, a equipe de Paulo vai realizar o serviço de tranças e tererês também para as meninas, em outros dias de competição do torneio organizado pela Central Única das Favelas (CUFA) e produzido pela InFavela.
Paulo Silva e a presidente da CUFA, Nega Gizza, com esta parceria, pretendem promover a valorização da imagem do negro, onde a missão é motivar estes jovens na aceitação do seu cabelo crespo, e mostrar para sociedade que não é apenas uma questão estética de beleza no cabelo, mas, mostrar sua posição na sociedade.
A CUFA com essa ação desportiva para jovens das favelas promove a integração social e prática de esportes dando oportunidades para eles almejarem um bom futuro, através do futebol.
E nesta edição, com esse tratamento visual, além do legado esportivos, os garotos poderão também aprender a valorizar sua cor e ter orgulho de exporem seus cabelos, no estilo que quiserem para a sociedade.
Por Mingos Lobo
Sobre a Taça das Favelas
A Taça das Favelas é um torneio organizado pela Central Única das Favelas (CUFA) e produzido pela InFavela, e é reconhecidamente a maior competição de futebol entre favelas do mundo, que conta com o apoio com grandes nomes do futebol como Zico e Romário.
Em 2018 o torneio está na sua sétima edição, e, desde a primeira, em 2012, já foi disputada por mais de 400 mil jovens. Na competição deste ano, entre eliminatórias e peneiras, foram mais de 90 mil jovens moradores de favelas em busca do sonho de se tornarem jogadores de futebol. Agora, nesta fase final, são mais de dois mil espalhados por 64 times masculinos (com idade entre 14 e 17 anos) e 16 femininos (com idade livre), de todo o estado do Rio de Janeiro.
Muito além de revelar futuros campeões do mundo, o projeto tem como objetivo integrar socialmente- através do esporte- jovens e famílias das comunidades cariocas. Pensando na realidade fora das quatro linhas, a proposta busca influenciar de forma positiva jovens e crianças através de palestras e workshops que acontecem durante a competição.
A igualdade de gênero também é pautada pela instituição, afinal, a iniciativa busca contribuir para uma sociedade mais igualitária e justa. A organização do torneio entende que é fundamental a inclusão de uma categoria feminina, visto que o futebol é um ambiente, ainda, dominado por homens.