O mundo está mudando quando se fala em direitos iguais, um avanço de extrema importância para a sociedade que ecoa também nos esportes. Na última quarta-feira (5), A Liga Mundial de Surfe divulgou o calendário de 2019 para os circuitos masculino e feminino. A principal novidade para a próxima temporada, no entanto, não diz respeito ao cronograma de disputa, com início marcado para abril: a entidade anunciou que, a partir de 2019, as competições terão premiações iguais para homens e mulheres.
O calendário para 2019 traz uma nova data de início da disputa pelo título, que agora acontece em abril, e não mais em março, na Gold Coast, Austrália. O encerramento do tour acontecerá, como de costume, no Havaí, em dezembro.
Passando por isso, a grande promessa do surf brasileiro, Theo Fresia, de 19 anos, nos contou, em forma de entrevista, qual o seu pensamento a respeito desse grande avanço para o esporte mundial. Theo vem da perna europeia do WQS e sempre evoluindo em todos os quesitos, além de grande visibilidade nas rádios, TVs e jornais.
Confira:
Qual a sua opinião sobre a notícia de que, a partir de 2019, o feminino e masculino receberão as mesmas premiações?
Fiquei feliz, para ir a uma competição elas tem os mesmos gastos que os homens, pagam as mesmas passagens, hotéis, alimentação… Acho que nada mais certo que ser igualitário.
Há uma preocupação na diminuição dos eventos pelo aumento no orçamento?
Provavelmente isso pode entrar em questão, tende em vista que o orçamento vai aumentar.
A iniciativa da WSL, em sua opinião, pode fazer com que outras entidades de esportes radicais igualem os valores de premiações para mulheres e homens?
Com certeza, a WSL é uma entidade mundialmente conhecida, eu espero que isso influencie os demais esportes e suas respectivas federações.
Você presenciou algum preconceito com as atletas mulheres no meio do surf?
Já ouvi alguns comentários de mau gosto na água.
Você é a favor das premiações igualitárias?
Sim, todos nós passamos pelas mesmas dificuldades, desde a ida ao evento até o momento da competição. Nada mais justo elas receberem o mesmo valor que os homens.
Pode ser um incentivo a mais para que meninas iniciem no surf e nas competições?
Acho que não só um incentivo para meninas que estão iniciando no Surf, como aquelas que pararam devido a falta de um circuito brasileiro profissional feminino. Isso influenciará desde a nova geração, até as que estão voltando para o cenário.
Calendário do Mundial de Surfe 2019 feminino:
3 a 13 de abril – Gold Coast, Austrália
17 a 27 de abril – Bells Beach, Austrália
13 a 24 de maio – Bali, Indonésia
27 de maio a 07 de junho – Margaret River, Austrália
20 a 28 de junho – Saquarema, Brasil
9 a 22 de julho – Jeffreys Bay, África do Sul
19 a 22 de setembro – Surf Ranch, Califórnia, Estados Unidos
03 a 13 de outubro – Hossegor, França
16 a 28 de outubro – Peniche, Portugal
25 de novembro a 07 de dezembro – Maui, Havaí