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Fábio Emecê
Professor de português do estado do Rio de Janeiro, rapper e ativista de causas ant-racistas

 

Luiz se diz rapper e enaltece o general Ustra - torturador da presidente Dilma e tantos outros, e o deputado Jair Bolsonaro
Luiz se diz rapper e enaltece o general Ustra – torturador da presidente Dilma e tantos outros, e o deputado Jair Bolsonaro – conhecido opositor dos Direitos Humanos

Existe um senso comum, uma hegemonia na qual se ditam as regras de normas, conduta e ação dos indivíduos. Uma lógica muitas das vezes questionável por conta do tratamento arbitrário e violento por parte dos agentes que defendem e acreditam nessa hegemonia, sendo o Estado como provedor maior.

Pois bem, qualquer discurso que se alinhe a esse tipo de proposta, pode e deve ser considerado conformista e não por menos, dispostos a manter o status quo. Aí entra a disposição da grande mídia de dar ênfase a um tipo de comportamento conformista e maliciosamente chama-lo de subversão.

A Folha de São Paulo fez uma matéria dos chamados raps de “direita” e um dos adjetivos para o mesmo é a tendência seria uma subversão do gênero. Alto lá, como assim subversão? Entenda, o rap é um estilo musical dentro da Cultura Hip Hop, que aliás, é uma cultura de origem contestadora do status quo.

O Hip Hop surgiu como necessidade de romper com uma ideia de cultura clássica em espaços previamente determinados por uma elite ou pelo Estado, para ser feita na rua, para o povo da rua, pelo povo da rua, os considerados subclasse. Entende o que é subversão no caso? Contrapor uma ideia que tentou alinhar pessoas e ideias em um quadrado.

Por mais que o Hip Hop enquanto cultura e o rap enquanto música tenha passado por transformações, seja ela estética ou até mesmo de conteúdo, o questionamento ao Estado, elites e comportamento sempre foi à máxima. Ou seja, a subversão sempre foi um elemento inerente ao rap, ao Hip Hop.

Sabiamente, o grande jornal se apropria do termo subversão para referendar uma prática comum daqueles que defendem a conformidade, a adequação, o autoritarismo e tudo que se está implícito: se pega uma ideia de contra-hegemonia, sua linguagem e seus modus operandi para se ter adeptos ou continuar na manutenção do poder.

Rap de direita não é subversão, é reforço da lógica dominante que prevalece o racismo, machismo, sexismo, homofobia, práticas autoritárias e violentas praticados por agentes legitimados pelo senso comum. A mídia tenta cumprir esse papel de uma maneira eficiente e quase sempre consegue. Quase sempre.

Por favor, que se escolha seu lado e defenda isso, só não tente enganar aqueles que não precisam enganados em prol de um projeto que é desde já, rasteiro, por conta das apropriações dos signos dos periféricos, dos reais subversivos.

Menos, por favor…

Fábio é rapper, professor e ativista antirracismo.

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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