Reeleita, a diretoria do Sindipetro NF já está debatendo com a categoria a proposta de acordo coletivo e principalmente lutar contra a privatização da Petrobras. Tezeu Bezerra – petroleiro que atua há 14 anos na empresa foi reeleito coordenador geral do Sindicato – detalha que são as duas as principais prioridades da entidade para a próxima gestão administrativa.
“A prioridade é essa. É lutar contra a privatização, ser transparente sempre, falando a verdade para a nossa categoria. A nossa prioridade sempre será essa, de estar junto com a categoria, ouvindo, falando e dando a direção, mesmo que muitas vezes a categoria discorde da diretoria. Mas o nosso papel é dar uma direção, dar um rumo, e a categoria naturalmente de forma soberana acata ou não os encaminhamentos da diretoria”.
Falando das reivindicações da categoria, Tezeu fortaleceu a ideia da luta pelo acordo coletivo. “Fizemos uma greve em fevereiro; greve essa que a gente só vai conseguir de fato ver a dimensão política no futuro, mas que de imediato, a gente também conseguiu ver a importância que ela teve. Foi o único grande movimento, em todo o primeiro semestre em nosso Brasil, e foi o primeiro grande movimento neste governo fascista do Bolsonaro que a gente tem combatido com tanta veemência”.
Devido a essa pandemia resultante do Covid-19, a eleição de diretoria no Sindipetro NF aconteceu via on line. A chapa única liderada pelo petroleiro foi eleita com 92% dos 1900 votos válidos. Foram 1751 votos para a Chapa 1 e 149 votos em branco. tezeu também fala sobre o processo eleitoral atípico vivenciado pelo sindicato, sobre o perfil da nova diretoria e suas prioridades.
Tezeu lamentou que não houve o contato pessoal entre candidatos e eleitores da classe, assim como a oposição não conseguir organizar uma chapa. “É necessário sim que haja uma oposição organizada, que cobre o trabalho da diretoria. Mas isso não diminui o nosso comprometimento e a nossa vontade de lutar”.
Apesar dessa nova modalidade de gestão e até mesmo eleição estar em voga ele não pretende deixar de conversas com os colegas nos aeroportos, nas bases, fazer as assembleias olhando no olho do trabalhador. “Com certeza a gente defende isso e vai acreditar que foi totalmente pontual esse formato que a gente teve que adotar durante esse ano de 2020”, finalizou.