Na manhã desta quarta-feira (6) participantes do Congresso dos Petroleiros do Norte Fluminense (Congrenf) se uniram com a diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) para realizar um ato no Terminal Central de Macaé, no interior do Rio de Janeiro. O objetivo foi conscientizar a população sobre a política de preços praticada pela Petrobras.
Os participantes distribuíram material informativo, discursaram e conversaram com as pessoas, explicando um pouco mais sobre os preços dos combustíveis e gás de cozinha da Petrobrás, além de falar sobre a privatização do Pré Sal e refinarias. O coordenador do Sindpetro-NF, Tezeu Bezerra, destacou o motivo da ação, que foi realizada em meio ao Congrenf. “A mídia mostra o tempo inteiro muita mentira sobre a Petrobrás e nós temos clareza de que a estatal tem que ser uma empresa para servir ao povo. Estamos construindo, de novo, uma grande greve, e queremos dialogar com o povo sobre a nossa luta. Explicar que privatizar faz mal ao Brasil”, destacou o coordenador.
O que está por trás dos aumentos?
Segundo os petroleiros, “o alinhamento internacional dos preços de derivados faz parte do desmonte da Petrobrás. O objetivo é privatizar as refinarias, os dutos e terminais, assim como já ocorreu com os campos do Pré-Sal, gasodutos, subsidiárias, entre dezenas de outros ativos estratégicos da estatal. Para facilitar a entrega, Pedro Parente, subutilizou o parque de refino e passou a estimular a importação de derivados por empresas privadas”, alertou.
Ainda segundo a classe, “em 2013 a Petrobrás tinha capacidade de atender 90% da demanda interna de combustíveis. Em 2017, esse percentual caiu para 76%. Algumas refinarias já operam com menos da metade da capacidade de produção, como é o caso da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, uma das quatro unidades que Parente colocou à venda” disse o sindicato.
Os trabalhadores dizem que “beneficiadas por essa política, as importadoras de combustíveis fazem a festa. Os derivados importados já representam 24% do mercado nacional. Ou seja, a cada 10 litros de gasolina vendidos no Brasil, 2,5 litros são importados. Enquanto isso, a Petrobrás está sendo reduzida a uma mera exportadora de petróleo, quando poderia abastecer integralmente o País com diesel, gasolina e gás de cozinha a preços bem abaixo do mercado internacional. Por isso é muito importante que todos estejamos informados, conscientes e solidários aos movimentos que estão ao lado do povo, como aqueles formados pelos sindicatos petroleiros.
Vamos continuar a mostrar que, juntos, somos muito mais fortes” concluiu.