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carnaval sexo

Escrever uma coluna de sexo no Carnaval é quase óbvio. Tudo no Carnaval é sexo. As fantasias, as passistas, a música, os bombados, os blocos, o carnagay, a praia, o “Chupa, mas não Baba” em Búzios. Tudo transborda sexo. E a impressão que a gente tem, ou que pelo menos eu tenho, é que todos estão consumidos em hormônios.

Nas esquinas, ninguém se importa de estar com o mínimo de roupa possível, andar na rua com orelhinhas e rabinho de gatinha (ok, eu confesso ano passado foi a minha fantasia), homens vestidos de mulher e adorando isso, casais sambando e gargalhando ao som de “olha a cabeleira do Zezé”. Misturados a sucessos do funk em ritmo de marchinha (ok, confesso de novo, ano passado eu baixei o CD inteiro de marchinhas cantadas pelos ídolos do funk).

O Carnaval foi feito para transar? Todo mundo transa no Carnaval? E como? Onde? Em que lugar? Na boate? No meio da rua? Na praia? No cantinho? Onde? Essa foi a pergunta que fiz durante a semana. No Carnaval, onde você transa? Conversei com pessoas de Búzios e Cabo Frio, cidades da Região dos Lagos. 

“Aqui em Búzios, todo mundo, nativo ou não, sabe que a praia do Canto é uma praia que ajudou muitos jovens a terem suas primeiras experiências sexuais. Em Búzios não pode ter motel, as pousadas não alugam quartos para o pernoite, então quem tá a fim de transar sem compromisso se vira na beira da praia ou nos cantos. A praça hoje tem ficado assim também, depois das duas da manhã, rola de tudo. Eu não estou mais no auge da minha juventude, mas usei muito a praia do Canto”, relatou uma entusiasmada mulher buziana nascida e criada na cidade. 

“Não temos motel e pousada é caro, o que eu e algumas amigas sempre fizemos foi escolher a casa de alguém de confiança e terminar a noite por lá”, comentou com ares de saudosismo uma das minhas colaboradoras.

“Eu prefiro não fazer sexo no Carnaval, no máximo curto uma masturbação, um boquete, que, aliás, é um clássico que nunca sai de moda. Tenho medo, ta cheio de doença venérea por aí. Já basta o que gasto em cerveja, depois ter que gastar com médico e antibiótico não dá.”, essas são as palavras de uma foliã de carteirinha. 

Que fique claro que, segundo um lema entre os meninos, “ boquetinho não se rejeita”.
“Na hora do tesão a penetração é o que menos importa, mão naquilo e aquilo na mão também quebram um galhão. Ih até rimou. Tem o carro também, a entrada da Tartaruga é ótima para encostar e mandar bala”, às gargalhadas expressou uma divertida colaboradora dessa coluna. 

Lembrando que transar em via pública é considerado um ato obsceno, configurando o crime com pena de detenção de três meses a um ano ou multa, previsto no Código Penal Brasileiro (capítulo VI art. 233). É, você pode ser preso. Então a menos que você curta muito se arriscar, recomendo ter moderação e pesar as consequências. 

Segue uma serie de comentários que recebi durante a pesquisa para essa coluna: 
“Eu não sei, nunca precisei, vou descobrir pela sua coluna, hehehehe”.
“As árvores ajudam bastante, é só encostar e começar o roça-roça, lógico que é preciso ter cuidado, olhar se não tem muita gente em volta, e ter cuidado porque muitos pais levam os filhos no bloco. A gente tem que ter cuidado para não ferir a liberdade do outro”.

“É na rua mesmo, no carro. Já vi gente transando até entre uns carros que estavam estacionados. E aqui em Búzios ainda tem o atrativo das praias! Praia do Canto nessa época é motel a céu aberto!”.
“A praia da Brava era um lugar muito bom, sempre mais deserto, conheço muita gente que frequentava. Búzios é um lugar com bastante lugar escondido, reservado. Mas era outra época, hoje a segurança pesa na hora de escolher um lugar deserto”. 

Vale lembrar que assim como no carro, fazer sexo em público é atentado ao pudor, então ou você se segura e encontrar um lugar, um quarto, uma pousada pagando à diária, vai pra casa ou corre o risco de parar na delegacia. Mesmo na madrugada. E parece bem claro que a praia preferida dos “foliões” é a do Canto. Então cuidado quem for de bobeira só olhar o mar, pode acontecer uma surpresa, ou acabar sendo convidado para o evento, se é que me entende.

Cabo Frio 
“Aqui em Cabo Frio a gente tem mais opções, tem motel, mas mesmo assim tem gente que prefere se arriscar. Sexo é muito bom, todo mundo gosta, mas tem que ter hora e lugar. Ninguém que está só pra se divertir e seguir o trio tem obrigação de ver as pessoas se comendo feito animais no cio. O evento que existia no Carnaval por aqui era o evento do sexo ao ar livre”.

“Os motéis em Cabo Frio são ótimos eu e meu namorado sempre frequentamos. Ser solteiro e fogoso é difícil. Eu moro com meus pais e não me sinto a vontade pra transar com eles em casa. No Carnaval é certo que a diversão rola com mais intensidade.” 

Não posso finalizar a coluna sem tocar no assunto sexo seguro. Transar é ótimo, mas mesmo para quem tem parceiro fixo e se previne é bom ficar ligado. Segundo pesquisa da UniCarioca divulgada na última semana, 88% dos jovens consultados admitem que poderão fazer sexo sem camisinha durante o feriado. Foram entrevistadas 1.074 pessoas durante o mês de janeiro, 73% delas jovens entre 18 e 29 anos. Sexo no Carnaval rola, e muito, mas precisa ser de forma segura e principalmente consensual. Nada de forçar ninguém a fazer nada que não tenha vontade. Curtir com a galera solteiro, namorando ou casado é sempre uma boa pedida.

Bom restinho de Carnaval para todos nós, com ou sem sexo. 

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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