Nunca antes na história das minhas redes sociais, nem na época em que eu comentava sobre política, o meu inbox e whatsaap foram tão movimentados.
Amigas que eu nem imaginava que iriam ler a coluna me dizendo que estavam eufóricas com a próxima, no caso a de hoje, quanta pressão! Mas como eu não sou de negar fogo, literalmente, vamos sim ter um segundo artigo, afinal, ninguém me apedrejou em praça pública, nem me chamou de bruxa, ou de puta.
O tema dessa coluna, que com certeza vai dar o que falar é: “As Mulheres sentem prazer em ver o parceiro ter prazer?” Sim, é o que 90% das minhas colaboradoras afirmaram categoricamente. Eu sinceramente, me assustei com as respostas, achei que menos mulheres se preocupavam com o prazer masculino. Afinal, estamos sempre às voltas com o nosso próprio, difícil e carrasco, orgasmo. Então mudei o foco do artigo e inclusive o da pergunta, o fato é, dar prazer é ter poder?
Segundo uma amiga, linda, poderosa e mãe mais de uma vez me disse que sim, é poder, “é delicioso ver o parceiro gozar, dá uma sensação de poder sabe, do que a gente foi capaz de causar no homem”. E ainda perguntei a ela se achava que isso era uma exclusividade dos casais em relações monogâmicas, e ela foi taxativa, “sempre fui assim”.
Segundo uma amiga, linda, poderosa e mãe mais de uma vez me disse que sim, é poder, “é delicioso ver o parceiro gozar, dá uma sensação de poder sabe, do que a gente foi capaz de causar no homem”. E ainda perguntei a ela se achava que isso era uma exclusividade dos casais em relações monogâmicas, e ela foi taxativa, “sempre fui assim”.
As mulheres são poderosas mas não se dão conta disso. Os homens quando perguntados sobre o que os excita e os faz sentir mais poderosos no sexo, dizem sem pestanejar: – Ver a mulher gozando! Ora, se o maior prazer do homem é ver a parceira gozar, e o poder da mulher é ver o homem gozando, cara! Somos poderosas demais! Temos e oferecemos poder ao mesmo tempo. É hora de liberarmos esse ‘inner power*’.
Mulheres sempre tiveram poder, um poder sexual que desbaratou grandes homens ao longo da história, para citar algumas; Helena de Tróia, Cleópatra, Jezebel, entre outras. Negar esse poder da mulher sobre o homem é reafirmar de certa forma, esse medo que temos de ser objeto sexual, quando na verdade o poder é nosso.
Uma colaboradora me disse o contrário, “Acho que essa é a vontade da mulherada, para a maioria, dar prazer é sinônimo de ter poder, mas,não quer dizer que seja assim”. E realmente não é, algumas se valem apenas disso.
Mas podemos condenar esse comportamento? Não é esse também um motivo de celebração, a liberdade sexual que tanto lutamos e defendemos? Como o lema da Marcha das Vadias: seu corpo, suas regras.
Poder é fato que temos, a questão é como usamos esse poder. Uma mulher solteira e com inúmeras possibilidades pode não saber usar esse ‘poder sexual’ ao passo que uma mulher casada pode usar e abusar dele ao ponto de escolher o que quer ou não no sexo. “Eu tenho poder sexual, meu marido é louco por mim, a gente transa pra caramba, várias vezes na semana e temos filhos, a gente tenta sempre novidades e ele está sempre louco de tesão. Isso me dá poder para dizer com todas as letras – Na porta dos fundos – NEVER”.
Morro de rir com o comentário e penso que as mulheres hoje tem muito poder sexual, e segundo o que uma recém solteira me disse “Só homem babaca fica preso por causa de sexo hoje em dia. Temos poder ali no ato, durante a transa, mas no dia a dia, dificilmente um cara vai ficar enfeitiçado pela chamada ‘buça de ouro’”.
E olha, a ‘buça de ouro’ existe, conheço uma meia dúzia de homens enfeitiçados somente pela possibilidade de ter aquela mulher, fantasiam e se doam, ingenuamente ou não. As inteligentes, ou espertas se valem desse poder e o usam. Vejo isso todos os dias nos lugares onde transito.
Ter poder sexual não faz de nós puta ou ‘sem-vergonhas’ como diria um amigo, mas faz de nós seres livres e capazes de decidir o que queremos ou não. E discutir esse assunto de forma livre e sem tabus, nos dá ainda mais poder. Let´s go girls! Don’t waste your girl power!
Até a próxima!
As opiniões são o que movem essa coluna, mais do que citar as grandes feministas, ou os filósofos, gosto do empírico, do dia a dia. Adoro conversar sobre sexo, ver como a mesma questão faz cada uma ter uma opinião, que no somatório geral nos ajuda a entender esse complexo e maravilhoso mundo onde vivemos. E confesso que me sinto mais a vontade nesse segundo artigo, me sinto quase relaxada, mas não, ainda não gozei com ele, o artigo. Mas estou quase lá. Conto com vocês!
* A coluna é feita a muitas mãos, mande você também sua opinião sobre o tema da próxima semana. E não se acanhe, homem também pode participar O sigilo é garantido, pode falar!Fale comigo no zap – 22 99290-2378 ou por e-mail – [email protected]