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‘Sexo Semanal’ – Casamento e Sexo são Inimigos?

É curioso uma coluna de sexo abordar o tema casamento. Mais curioso ainda é abrir uma coluna de sexo abordando o fato de que o casamento não pode ser abordado em uma coluna de sexo. Epa pera, ficou confuso? Vou elucidar.

Sexo e casamento são figurinhas fáceis. Quase todo mundo sabe que sexo para muitos casais, em especial os com mais anos de casados, com o passar dos anos deixa de ser uma questão prazerosa e pode virar um problema. Quando estamos na adolescência tudo que o corpo entende é sexo, ainda que não percebamos de forma clara, os hormônios estão por toda parte. Fazer sexo é quase uma meta, alguns iniciam antes do casamento, hoje em dia para uma grande maioria e para desespero dos pais de adolescentes. Conforme o casamento chega e hoje em dia casamento não tem uma formula de ser, o sexo vai perdendo importância.

Talvez você que ainda esteja naquela fase, achando que sexo é tudo na sua vida, ache um absurdo alguém não ter vontade de transar. Mas você que é mãe, que trabalha e que já vive há algum tempo com um companheiro sabe do que estou falando. E pela primeira vez na minha coluna vou falar de mim. Manter a libido depois que se tem bebê, em especial o segundo é uma tarefa desafiadora. Somente as fortes entenderão o que é ter um bebê sugando seu leite e um marido fogoso te querendo, ainda que compreensivo e amoroso, o desejo dele em nada mudou e você tem de saber lidar com isso. Tem?

Sexo para as mulheres funciona de uma maneira e para os homens de outra, vamos colocar de forma pontual. O sexo, e por fazer sexo entendemos ter um orgasmo, para os homens acontece de forma mais fácil. É “pá pum”, pinto duro, entra e sai, ejaculação. Simples, rápido e sem complicações. Para as mulheres, de forma literal, o buraco é mais embaixo. É preciso preliminares, um dia bom, não estar se sentindo nem gorda, nem feia, nem estar com a cabeça nas compras da semana, ou naquela bolsa que você comprou e não poderia ter comprado, se os filhos estão bem alimentados, se vai conseguir gozar, e como diz uma amiga: “ter que ir ao banheiro de novo depois de ter tomado um banho quentinho e estar com pijama limpinho”.

Mas em que parte o sexo fica sem graça depois do casamento? Ou será que ele fica mesmo? “O sexo depois do casamento ficou um pouco mais espaçado é bem verdade. Quando a gente namorava, transávamos feito loucos, o tempo todo em todos os lugares, inclusive lugares públicos.  Quando decidimos morar juntos, nos primeiros três meses era todo dia, as vezes duas vezes por dia. Depois a quantidade foi diminuindo. Mas o sexo ganhou corpo, a gente se conhece e sabe exatamente o que o outro gosta”, disse uma delas com jeito de apaixonada.

O sexo entre os casais tende mesmo a diminuir quando outras questões aparecem. 90% dos meus colaboradores afirmaram que quando no tempo de namoro o sexo era intenso e diário, e que o fato de não terem um local, digamos apropriado a coisa toda ganhava um “que” de proibido. “Namoro há bastante tempo, na verdade é como se fossemos casados, a grana é dividida, os projetos, tudo. Mas conforme o tempo foi passando a gente passou a transar menos. Mas o sexo melhorou, e na verdade como o sexo é cada vez melhor, a gente talvez transe menos porque se conhece mais”, acrescentou essa colaboradora.

“O sexo depois do casamento diminui a quantidade e aumenta a qualidade. A gente se sente mais segura. Mas a chegada dos filhos atrapalha um pouco por que aí são dois querendo o seu peito”, disse essa nova colaboradora enquanto eu me identificava com ela no quesito peitos.

“O conhecimento do que o companheiro gosta vai se aprimorando com intimidade e com o tempo novas descobertas são feitas. Com certeza a periodicidade muda. O sexo muda, no namoro a gente geralmente é livre de tantas preocupações e responsabilidades. E passam a existir fases no relacionamento”, me contou essa colaboradora entre risos por termos comentado a mesma coisa ao mesmo tempo na conversa.

“Sou casada há 13 anos, trabalho o dia inteiro e estudo até às 22:30. Dou mamadeira ao meu filho no mínimo duas vezes à noite. Tem semana que nem rola, ficamos mais no agarradinho do que no sexo. Estamos quase sempre muito cansados. Quando a gente namorava transávamos feito coelhos. A chegada do nosso filho mudou nosso relacionamento um pouco sim, as vezes nos anulamos em função dele. Mas ao mesmo tempo sabíamos a escolha que estávamos fazendo e que ele seria nossa prioridade total. A relação fica um pouco fragilizada sim”, disse essa mãe e mulher exausta.

“O sexo muda sim depois do casamento, principalmente depois da maternidade. São muitas atribuições e o sexo acaba ficando de lado. Sexo e casamento as vezes não combinam. Antes do casamento é bem melhor, depois do papel assinado as barreiras aparecem. O que era bom na verdade vira obrigação”, disse esse colaborador me fazendo pensar se o sexo sendo obrigação pode ser bom ou não. Sexo e obrigação são palavras que não combinam. Sexo é desejo, vontade, é prazer. Como o sexo pode ser uma obrigação? 

“Eu faço sexo com meu marido mesmo quando não estou com tesão. Entendo as necessidades dele, e sei que sou capaz de supri-las todas. Me acho poderosa e sexy. Ainda mais quando naquela semana eu não estou muito sexual e pego ele de surpresa. Adoro de quatro, ele fica louco, ou quando encosto ele num canto e faço aquele oral, de surpresa. Eu amo meu marido, esse amor me faz querer dar prazer a ele. E ele faz isso por mim também; quando a gente transa nunca gozo menos do que três ou quatro vezes”, disse essa gulosinha.

A rotina pode ser quebrada de diversas maneiras e nessa hora a criatividade também entra no jogo.  Separei algumas dicas para apimentar o relacionamento. Para ambos, afinal, não é apenas a mulher que fica menos sexual, o homem também tem seus momentos de baixa libido. É preciso ter parceria e desejar deixar as coisas um pouco mais, digamos, quentes.

Peça a ele que a masturbe e aumente o tempo das preliminares; mandar e-mails ou mensagens de texto durante o dia com falas picantes do que gostaria de fazer logo mais à noite; controle sua mente durante o sexo, nada de pensar em problemas pense só no prazer que está sentindo; recordar as transas da época de namoro é estimulante e porque não repeti-las de vem em quando?; converse sobre sexo com ele diga o que gosta e o que não gosta; não se cobre tanto com os afazeres diários, na hora do sexo são apenas vocês dois; peça ajuda com os pimpolhos, transar nu e de porta aberta ajuda muito para quem tem filhos pequenos e pouca intimidade, convoque o familiares nessa hora e liberte-se; experimente transar só pelo prazer de vê-lo gozar, a experiência vai te dar um poder que talvez você ainda não saiba que tem e principalmente beije e abrace, diga que ama,   e reacenda essa chama, por que sexo é bom e todo mundo gosta.

P.S: Não esquece de me contar depois tudinho que rolou depois dessas dicas hein? Até semana que vem!

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Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

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