O sindicato destaca que as nove operadores do grupo já consideram reduzir a quantidade de ônibus
O Sindicato das Empresas de Transporte da Costa do Sol e Região Serrana (Setransol) emitiu um comunicado nesta terça-feira (10) alertando sobre os riscos de uma paralisação do transporte público em 16 municípios no interior do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o Sindicato, o motivo é mais um aumento do óleo diesel em 8,9%, que passou a valer na terça-feira (10), e só agravou a crise no setor de transporte. As nove operadoras já consideram reduzir a quantidade de ônibus, entre elas, o Grupo Salineira que atende a Região dos Lagos.
“As empresas se veem obrigadas a promover uma redução de frota em horários de menor movimento durante a manhã, tarde e noite, e também nos finais de semana para priorizar a manutenção do serviço. A medida visa impedir o colapso dos sistemas de transporte a curto prazo, estes que são responsáveis pelo deslocamento diário de milhares de pessoas que dependem diretamente dos ônibus e os têm em muitos casos como único meio de transporte”, disse um trecho do comunicado.
O Sindicato já tem apresentado a situação econômica das operadoras e feito alertas sobre a adequação do transporte e até mesmo uma possível paralisação. A instituição aponta a inércia dos governos municipais, estadual e federal ao acúmulo de prejuízos.
“Os custos operacionais estão em constante crescimento, tendo o diesel como principal custo das empresas de ônibus, representando uma fatia de cerca de 33% do total. O combustível responsável por dar mobilidade às concessionárias acumula alta desde o início do ano de 47%, de acordo com a Petrobras e o novo aumento pressiona ainda mais os operadores do sistema que não encontram alternativas para garantir a compra de óleo diesel na quantidade necessária”.
Outro ponto levantado pela Setransol é a ausência de medidas efetivas que também geram impacto na segurança pública.
“Milícias têm se instalado em áreas que o sistema de transporte já tem demonstrado deficiência no atendimento, ameaçando a população que se vê obrigada a utilizar um serviço clandestino, sem regulamentação e operado por grupos criminosos. De forma emergencial, é de extrema necessidade que o poder público adote medidas que garantam a continuidade de um serviço essencial para o desenvolvimento e a economia do interior do estado do Rio de Janeiro”, finalizou o comunicado.